31 99979 9360

Entre em contato

31 3443 4813

Fale conosco

Sede Nacional - Av. Orsi Conceição Minas, 200 - Bandeirantes - BH/MG

LITURGIA

Liturgia Diária

Liturgia de 15 de maio de 2025 

QUINTA FEIRA – IV SEMANA DA PÁSCOA
(Branco, ofício da memória)

 

Antífona 

– Ó Deus, quando saístes com o povo caminhando à sua frente, habitando no meio deles, a terra estremeceu e orvalhou o próprio céu, aleluia (Sl 67,8s.20).

 

Coleta

– Ó Deus, que restaurais a natureza humana elevando-a acima de sua dignidade original, considerai o inefável mistério da vossa bondade e conservai os dons e a benção da vossa perene graça naqueles que vos dignastes regenerar no batismo para sua vida nova.  Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

 

 

 

1ª Leitura: At 13,13-25 

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: 13Paulo e seus companheiros embarcaram em Pafos e chegaram a Perge da Panfília. João deixou-os e voltou para Jerusalém. 14Eles, porém, partindo de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia. E, entrando na sinagoga em dia de sábado, sentaram-se. 15Depois da leitura da Lei e dos Profetas, os chefes da sinagoga mandaram dizer-lhes: “Irmãos, se vós tendes alguma palavra para encorajar o povo, podeis falar”. 16Paulo levantou-se, fez um sinal com a mão e disse: “Israelitas e vós que temeis a Deus, escutai! 17O Deus deste povo de Israel escolheu os nossos antepassados e fez deles um grande povo quando moravam como estrangeiros no Egito; e de lá os tirou com braço poderoso. 18E, durante mais ou menos quarenta anos, cercou-o de cuidados no deserto. 19Destruiu sete nações na terra de Canaã e passou para eles a posse do seu território, 20por quatrocentos e cinquenta anos aproximadamente. Depois disso, concedeu-lhes juízes, até o profeta Samuel. 21Em seguida, eles pediram um rei e Deus concedeu-lhes Saul, filho de Cis, da tribo de Benjamim, que reinou durante quarenta anos. 22Em seguida, Deus fez surgir Davi como rei e assim testemunhou a seu respeito: ‘Encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que vai fazer em tudo a minha vontade’.  23Conforme prometera, da descendência de Davi Deus fez surgir para Israel um Salvador, que é Jesus. 24Antes que ele chegasse, João pregou um batismo de conversão para todo o povo de Israel. 25Estando para terminar sua missão, João declarou: ‘Eu não sou aquele que pensais que eu seja! Mas vede: depois de mim vem aquele do qual nem mereço desamarrar as sandálias’”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

 

 

Salmo Responsorial: Sl 89,2-3.21-22.25.27 (R: 2a)

– Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.
R: Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.


– Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade! Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!” E a vossa lealdade é tão firme quanto os céus.

R: Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.


– Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor, e o ungi, para ser rei, com meu óleo consagrado. Estará sempre com ele minha mão onipotente, e meu braço poderoso há de ser a sua força.

R: Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.


– Não será surpreendido pela força do inimigo, nem o filho da maldade poderá prejudicá-lo. Diante dele esmagarei seus inimigos e agressores, ferirei e abaterei todos aqueles que o odeiam.

R: Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.


– Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, sua força e seu poder por meu nome crescerão. Ele, então, me invocará: ‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!’

R: Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Jesus Cristo, a fiel testemunha, primogênito dos mortos, nos amou e do pecado nos lavou em seu sangue derramado (Ap 1,5ab).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 13,16-20

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

 

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

– Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus lhes disse: 16“Em verdade, em verdade vos digo: o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou. 17Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes. 18Eu não falo de vós todos. Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se realize o que está na Escritura: ‘Aquele que come o meu pão levantou contra mim o calcanhar’. 19Desde agora vos digo isto, antes de acontecer, a fim de que, quando acontecer, creiais que eu sou. 20Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”.

 

Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

 

 

 

Liturgia comentada
Aquele que come do meu pão… (Jo 13,16-20)

Estar à mesa com alguém é, no fundo, um gesto de familiaridade, uma atitude explícita de comunhão e de intimidade. Mais de uma vez, nos Evangelhos, Jesus é criticado por sentar-se à mesa com gente considerada como “pecador público”. Na última ceia, Jesus reúne-se com os apóstolos em razão de uma necessidade profunda de interação humana: “Ardentemente desejei comer convosco esta ceia pascal antes de padecer…” (Lc 22,15) “Desiderio desideravi…” É quase um pleonasmo, mas deixa ver a intensidade do íntimo anseio de Jesus.

 

Na mesma mesa, vemos o Mestre e os discípulos. Um deles havia jurado: “Darei a minha vida antes que te negar” (cf. Mt 26,35). Outro apóstolo já trazia na sacola as trinta moedas de sua traição. Naquela ceia pascal judaica, eles compartilham os pães ázimos e as quatro taças de vinho. O pão é molhado na compota em pasta, o harosset, feito de maçãs raladas, nozes, canela e vinho doce. Há uma tensão no ar…

 

Lev Gillet, o monge da Igreja do Oriente, comenta, a meia voz: “Jesus sabe que Judas o traiu. Durante a ceia, ele lhe dá, num gesto de preferência, um bocado [de pão] molhado. O episódio é perturbador. Existe ali um sinal de condenação? Ou um extremo apelo da graça? ‘Depois que o bocado foi dado, Satã entrou em Judas…’ (Jo 13,27) Talvez seja permitido pensar que o sinal exterior de predileção que Judas recebe seja ainda uma misericórdia do Salvador, uma última chance oferecida”.

 

Quantos mistérios se ocultam entre Deus e o pecador! Que rude combate se desenrola entre a graça divina e o arbítrio humano! Que oscilações entre a luz e as trevas! Quantas hesitações naquela tênue linha divisória entre a salvação e o desastre!

 

Lev Gillet prossegue sua reflexão: “Se nós consideramos atentamente as circunstâncias nas quais nós pecamos, sobretudo os prelúdios imediatos de nossas quedas, nós vemos que, até o último minuto, o Senhor multiplica as intervenções veladas, os apelos discretos, os movimentos descendentes da graça, os toques de secreta ternura, a fim de sustentar nossa vontade vacilante. A história de cada um de nossos pecados é também a história de uma manifestação in extremis, por assim dizer, da piedade divina. Ah! Se nós soubéssemos, se quiséssemos ler os sinais!”

 

Orai sem cessar: “Preparas uma mesa para mim…” (Sl 23,5)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.