– A lei do Senhor é perfeita, converte os corações. O testemunho do Senhor é fiel, dá sabedoria aos pequenos (Sl18,8).
– Pai eterno, convertei para vós nossos corações, a fim de que, buscando sempre o único necessário e praticando as obras de caridade, nos dediquemos ao vosso culto. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
– Leitura do livro do Deuteronômio: Moisés dirigiu a palavra ao povo de Israel e lhe disse: 16“Hoje, o Senhor teu Deus te manda cumprir esses preceitos e decretos. Guarda-os e observa-os com todo o teu coração e com toda a tua alma. 17Tu escolheste hoje o Senhor para ser o teu Deus, para seguires os seus caminhos, e guardares seus preceitos, mandamentos e decretos, e para obedecerdes à sua voz. 18E o Senhor te escolheu, hoje, para que sejas para ele um povo particular, como te prometeu, a fim de observares todos os seus mandamentos. 19Assim ele te fará ilustre entre todas as nações que criou, e te tornará superior em honra e glória, a fim de que sejas o povo santo do Senhor teu Deus, como ele disse”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
– Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!
R: Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!
– Feliz o homem sem pecado em seu caminho, que na lei do Senhor Deus vai progredindo! Feliz o homem que observa seus preceitos, e de todo o coração procura Deus!
R: Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!
– Os vossos mandamentos vós nos destes, para serem fielmente observados. Oxalá seja bem firme a minha vida em cumprir vossa vontade e vossa lei!
R: Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!
– Quero louvar-vos com sincero coração, pois aprendi as vossas justas decisões. Quero guardar vossa vontade e vossa lei; Senhor não me deixe desamparado!
R: Feliz é quem na lei do Senhor Deus vai progredindo!
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
– Eis o tempo de conversão; eis o dia da salvação (2 Cor 6,2b).
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! 45Assim, vostornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Neste Evangelho, nós estamos diante de um exclusivo cristão. Amar os amigos, todo mundo ama. Mesmo os pagãos. É bem fácil este amor: temos a mesma raça, o mesmo sangue, a mesma língua, a mesma religião, o mesmo Livro sagrado, o mesmo altar… Pode-se até rezar o salmo: “Ó como é bom e agradável irmãos unidos vierem juntos!” (Sl 133,1) Mas a ordem para o seguidor de Cristo é exatamente o impensável: superar essas barreiras humanas e amar o inimigo!
Deve ser por isso que Jesus não mandou amar apenas o próximo, como no Antigo Testamento: mandou amar o inimigo! Aliás, os rabinos judeus do tempo de Jesus discutiam interminavelmente sobre a definição de quem seria o tal “próximo” que a Torá mandava amar (cf. Lv 19,18). Seria apenas outro judeu? Ou também o prosélito? Deveria ser incluído o estrangeiro com suas diferenças? E não chegavam a um consenso…
A questão se torna ainda mais aguda quando contemplamos o exemplo Jesus e nos certificamos de que ele vai muito além das palavras. Jesus Cristo pratica o mesmo mandamento que nos deu: na cruz, cravado no madeiro, Jesus não morre sem, antes, rezar ao Pai: “Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem…” (Lc 22,34) E já o primeiro mártir da Igreja, o diácono Estêvão, morreria apedrejado e repetindo quase as mesmas palavras de Jesus (cf. At 7,60).
Que motivos têm alimentado o nosso ódio? Quais os seus estopins? Humilhações, zombarias, desprezo? O sucesso dos outros? A corrupção dos governantes? A agressão dos bandidos?
Lembro-me do tempo de serviço na Pastoral Carcerária, na Grande BH, quando uma senhora visitava um jovem preso, aos domingos, levando um bolo, costurando-lhe a roupa e, creio, catando-lhe os piolhos. Era a mãe de sua vítima. E ela dizia: “Ele tem a mesma idade do meu filho morto. Posso fazer por ele o que eu faria por meu filho, se estivesse preso…”
Claro que isto não se impõe. O amor é livre. E mais: o amor liberta! É como ensina Marko Ivan Rupnik: “O amor, na sua essência, é livre adesão. O amor é a comunhão das pessoas, mas de maneira livre, é a unidade vivenciada como livre adesão. Quanto mais o amor é maduro, mais ele está próximo do amor de Deus, e é mais livre de qualquer coerção, de qualquer necessidade. […] No entanto, o amor tem apenas uma fonte – Deus Pai -, um único comunicador – o Espírito Santo -, e um único realizador absoluto – Jesus Cristo.”
Mais uma vez, estamos perante um “impossível” para os homens. Mais uma vez, não depende de esforço, de boa vontade e superação. Só temos uma saída: acolher a Graça! Abrir o coração ao Espírito Santo. Só ele ensina a amar assim…
Orai sem cessar: “Não me prives do teu Santo Espírito!” (Sl 51,13)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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