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LITURGIA

Liturgia Diária

Liturgia de 18 de setembro de 2025

Antífona

– Dai paz, Senhor, aos que em vós esperam, para confirmar a veracidade dos vossos profetas; escutai as preces do vosso servo e vosso povo, Israel (Eclo 36,18).


Coleta

– Ó Deus, vós que criais e governais todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos a ação da vossa misericórdia, dai-nos a graça de vos servir de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.


1ª Leitura: 1 Tm 4,12-16

– Leitura da primeira carta de São Paulo a Timóteo – Caríssimo: 12Ninguém te despreze por seres jovem. Pelo contrário, serve de exemplo para os fiéis, na palavra, na conduta, na caridade, na fé, na pureza. 13Até que eu chegue, dedica-te à leitura, à exortação, ao ensino. 14Não descuides o dom da graça que tu tens e que te foi dada por indicação da profecia, acompanhada da imposição das mãos do presbitério. 15Com perseverança, põe estas coisas em prática, para que todos vejam o teu progresso. 16Cuida de ti mesmo e daquilo que ensinas. Mostra-te perseverante. Assim te salvarás a ti mesmo e também àqueles que te escutam. 

– Palavra do Senhor. 

– Graças a Deus.


Salmo Responsorial: Sl 111,7-8.9-10 (R: 2a)

– Grandiosas são as obras do Senhor!

R: Grandiosas são as obras do Senhor!

– Suas obras são verdade e são justiça, seus preceitos, todos eles são estáveis, confirmados para sempre e pelos séculos realizados na verdade e retidão.

R: Grandiosas são as obras do Senhor!

– Enviou a seu povo a redenção, concluiu com ele uma aliança eterna. Santo e venerável é o seu nome. 

R: Grandiosas são as obras do Senhor!

– O temor do Senhor é o começo da sabedoria; sábios são aqueles que o adoram. Sua glória subsiste eternamente.

R: Grandiosas são as obras do Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 – Vinde a mim, todos vós que estais cansados, e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28).

Aleluia, aleluia, aleluia.


Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 7,36-50

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

– Glória a vós, Senhor!

– Naquele tempo, 36Um fariseu convidou Jesus a ir comer com ele. Jesus entrou na casa dele e pôs-se à mesa. 37Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume; 38e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com o perfume. 39Ao presenciar isto, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora. 40Então Jesus lhe disse: Simão, tenho uma coisa a dizer-te. Fala, Mestre, disse ele. 41Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinquenta. 42Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o amará mais? 43Simão respondeu: A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou. Jesus replicou-lhe: Julgaste bem. 44E voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou-me os pés e enxugou-os com os seus cabelos. 45Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés. 46Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-me os pés. 47Por isso te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela tem demonstrado muito amor. Mas ao que pouco se perdoa, pouco ama. 48E disse a ela: Perdoados te são os pecados. 49Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer, então: Quem é este homem que até perdoa pecados? 50Mas Jesus, dirigindo-se à mulher, disse-lhe: Tua fé te salvou; vai em paz. 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!


Liturgia comentada
Lavou-os com suas lágrimas… (Lc 7,36-50)

Este Evangelho nos situa diante de uma cena carregada de forte emoção: uma pecadora pública (na expressão da época, uma prostituta) “invade” inesperadamente um banquete – ambiente exclusivamente masculino na Palestina – e, para espanto de todos, unge os pés de Jesus com um bálsamo precioso e, a seguir, com as próprias lágrimas. A reação do anfitrião é de escândalo e de choque.

Evidentemente, a lição desta cena gira em torno da misericórdia divina. Aquela mesma misericórdia que o pecador não merece – pensam muitos – e da qual os justos pretendem não necessitar. Vocês devem conhecer aquele tipo que nunca se confessa e se justifica: “Não matei, nem roubei”…

Segundo Fr. Raniero Cantalamessa, a intenção do evangelista Lucas é levar-nos a compreender o espírito de Cristo e sua mensagem de salvação para os pobres, os pecadores, os excluídos. “Ele não escreve o Evangelho para os fariseus, mas para os cristãos; antes, para os cristãos provenientes do paganismo”, o que não exclui os fariseus de todos os tempos, inclusive nós – ironiza Cantalamessa.

“Na realidade, estamos diante de um problema sempre atual. Trata-se de saber em que consiste a verdadeira religiosidade, qual é o sentimento e a atitude mais justos de Deus, o que é que Deus mais aprecia na criatura. Segundo certo modo de pensar, tudo se resume na observância da lei, entendida acima de tudo de maneira redutiva. Por parte dos fariseus, toda a atenção se concentrava nos preceitos violados pelos publicanos e pelas prostitutas, ao mesmo tempo que iam passando ligeiramente por cima de outros, como o do amor ao próximo, também claro na lei.”

Já a ousada mulher da cena manifesta outra visão religiosa, feita de reconhecimento do próprio pecado, de arrependimento e – acima de tudo! – de confiança na misericórdia infinita, diante da qual o maior dos pecados é mísero grão de poeira.

Ainda existem fariseus em nosso tempo – tal como as baratas, resistirão mesmo a uma guerra atômica! -, e eles insistem na visão de um Deus que é meramente juiz, pronto a condenar e punir o pecador, reduzido a simples réu, e não a um filho que estava morto e pode reviver. Ao mesmo tempo, o fariseu se sente com créditos perante Deus, apoiado na sua própria – e ilusória – justiça.

Já o pecador, contrito, mas confiante, faz cócegas na misericórdia de Deus que, Pai comovido, abre as cachoeiras do perdão divino, que inunda todo o Cosmo como um dilúvio de amor.

Orai sem cessar: “Tu és bom, Senhor, e perdoas…” (Sl 86,5)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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