– Ressurgiu o bom Pastor que deu a vida por suas ovelhas e quis morrer pelo rebanho, aleluia.
– Protegei, Senhor, vossa família com constante auxílio de vossa destra, a fim de que, pela ressurreição do vosso Filho unigênito, defendida de todo mal, ela possa alcançar os bens celestiais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, em Icônio, 5pagãos e judeus, tendo à frente seus chefes, estavam dispostos a ultrajar e apedrejar Paulo e Barnabé. 6Ao saberem disso, Paulo e Barnabé fugiram e foram para Listra e Derbe, cidades de Licaônia, e seus arredores. 7Aí começaram a anunciar o Evangelho. 8Em Listra, havia um homem paralítico das pernas, que era coxo de nascença e nunca fora capaz de andar. 9Ele escutava o discurso de Paulo. E este, fixando nele o olhar e notando que tinha fé para ser curado, 10disse em alta voz: “Levanta-te direito sobre os teus pés”. O homem deu um salto e começou a caminhar. 11Vendo o que Paulo acabara de fazer, a multidão exclamou em dialeto licaônico: “Os deuses desceram entre nós em forma de gente!” 12Chamavam a Barnabé Júpiter e a Paulo Mercúrio, porque era Paulo quem falava. 13Os sacerdotes de Júpiter, cujo templo ficava defronte à cidade, levaram à porta touros ornados de grinaldas e queriam, com a multidão, oferecer sacrifícios. 14Ao saberem disso, os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram as vestes e foram para o meio da multidão, gritando: 15“Homens, que estais fazendo? Nós também somos homens mortais como vós, e vos estamos anunciando que precisais deixar esses ídolos inúteis para vos converterdes ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe. 16Nas gerações passadas, Deus permitiu que todas as nações seguissem o próprio caminho. 17No entanto, ele não deixou de dar testemunho de si mesmo através de seus benefícios, mandando do céu chuvas e colheitas, dando alimento e alegrando vossos corações”. 18E assim falando, com muito custo, conseguiram que a multidão desistisse de lhes oferecer um sacrifício.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
– Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.
R: Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.
– Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória, porque sois todo amor e verdade! Por que hão de dizer os pagãos: “Onde está o seu Deus, onde está?”
R: Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.
– É nos céus que está o nosso Deus, ele faz tudo aquilo que quer. São os deuses pagãos ouro e prata, todos eles são obras humanas.
R: Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.
– Abençoados sejais do Senhor, do Senhor que criou céu e terra! Os céus são os céus do Senhor, mas a terra ele deu para os homens.
R: Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– O Espírito Santo, o Paráclito, haverá de lembrar-vos de tudo o que tenho falado, aleluia! (Jo 14,26).
Aleluia, aleluia, aleluia.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 21“Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. 22Judas – não o Iscariotes – disse-lhe: “Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?” 23Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Entre os judeus – e Jesus era um deles, é bom lembrar… -, o verbo “guardar” tem ressonâncias muito especiais. No vocabulário técnico da tradição rabínica, “receber”, “guardar” e “transmitir” eram os verbos reveladores do homem justo e fiel. O grande dom de Deus ao povo escolhido era a Torah, a Lei intermediada por Moisés no Sinai. O israelita fiel se orientava por ela, recebendo a Lei, guardando-a e transmitindo com integridade, sem lhe alterar sequer um iode, a menor de todas as letras.
Trazendo tudo isto para nosso tempo, diríamos que a virtude em questão é a obediência. Esta palavra, de origem latina, significa um ob-audiência, ou seja, a atitude de quem fica de frente para quem está falando, pronto a lhe obedecer. Assim como o filho que ouve as ordens e conselhos do pai.
Neste Evangelho, Jesus associa a obediência ao amor. Começa por dizer que o Pai amará quem acolhe fielmente a Palavra dele, manifestada por Jesus. Isto é, a obediência suscita o amor. Mas o Mestre acrescenta: “Quem não me ama não guarda as minhas palavras”, o que deixa claro que é por amor que alguém se vê motivado a obedecer. O filho obedece ao Pai porque o ama. O tão esquecido “temor de Deus” – dom do Espírito Santo – não significa outra coisa, a não ser isto: “A última coisa que desejo neste mundo é entristecer meu Pai, que tanto me ama. Minha obediência é minha resposta de amor a quem me ama assim!”
Vivemos um tempo de rebeldia. Poucos desejam obedecer. Mesmo nos Institutos de vida consagrada, a obediência foi a tal ponto atenuada e reduzida, em nome da responsabilidade e da liberdade de consciência, que acontecem arrepios quando falamos do carisma de nossa querida Comunidade Católica Nova Aliança: “obediência incondicional e amorosa à Igreja”.
– “À Igreja?!” – estranhou uma freira, fazendo careta. “Nós devemos obedecer é a Deus!” Como se fosse possível obedecer a Deus, a quem não vemos, sem obedecer à Igreja, que fala em nome de Deus…
A marca registrada dos santos não foi o milagre, os dons excepcionais ou as experiências místicas. Tudo isto, se aconteceu, veio como consequência de uma vida inteiramente submetida à vontade de Deus.
Como anda nossa obediência à voz de Deus que fala pela Igreja?
Orai sem cessar: “No meu coração conservo as tuas ordens, Senhor!” (Sl 119,11)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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