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Liturgia de 19 de março de 2025 

Quarta-feira – São José esposo de Maria e padroeiro da Igreja
(Branco, Glória, Creio, Prefácio próprio e Ofício da solenidade)

 

Antífona

– Eis o servo fiel e prudente, a quem o Senhor confiou a sua família (Lc 12,42).

 

Coleta

– Deus todo-poderoso, na aurora de novos tempos, confiastes a São José, o cuidado dos mistérios da salvação humana; por sua intercessão, concedei a vossa Igreja conservá-los fielmente e levá-los à plenitude . Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

 

 

 

1ª Leitura: 2 Sm 7,4-5a.12-14a.16

– Leitura do segundo livro de Samuel: Naqueles dias, 4a palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos: 5a“Vai dizer ao meu servo Davi: ‘Assim fala o Senhor: 12Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, então, suscitarei, depois de ti, um filho teu, e confirmarei a sua realeza. 13Será ele que construirá uma casa para o meu nome, e eu firmarei para sempre o seu trono real. 14aEu serei para ele um pai e ele será para mim um filho. 16Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será firme para sempre’”.


– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

 

 

Salmo Responsorial: Sl 89,2-5.27.29 (R: 37) 

– Eis que a sua descendência durará eternamente.
R: Eis que a sua descendência durará eternamente.


– Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade! Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!” E a vossa lealdade é tão firme como os céus.

R: Eis que a sua descendência durará eternamente.


– “Eu firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito, e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor. Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, de geração em geração garantirei o teu reinado!”

R: Eis que a sua descendência durará eternamente.


– Ele, então, me invocará: “Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!” Guardarei eternamente para ele a minha graça e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel.

R: Eis que a sua descendência durará eternamente.

 

 

 

2ª Leitura: Rm 4,13.16-18.22 

– Leitura da carta de São Paulo aos Romanos: Irmãos, 13não foi por causa da Lei, mas por causa da justiça que vem da fé que Deus prometeu o mundo como herança a Abraão ou à sua descendência. 16É em virtude da fé que alguém se torna herdeiro. Logo, a condição de herdeiro é uma graça, um dom gratuito, e a promessa de Deus continua valendo para toda a descendência de Abraão, tanto para a descendência que se apega à Lei, quanto para a que se apóia somente na fé de Abraão, que é o pai de todos nós. 17Pois está escrito: “Eu fiz de ti pai de muitos povos”. Ele é pai diante de Deus, porque creu em Deus que vivifica os mortos e faz existir o que antes não existia. 18Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na fé. Assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: “Assim será a tua prosperidade”. 22Esta sua atitude de fé lhe foi creditada como justiça.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

 

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 1,16.18-21.24a

 

Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo Palavra de Deus!

Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo Palavra de Deus!

 

– Felizes os que habitam vossa casa, para sempre eles hão de louvar!  (Sl 83,5)

 

Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo Palavra de Deus!

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

 

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!  

 

16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo.  21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 24aQuando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

 

 

 

Liturgia comentada

Não tenhas receio… (Mt 1,16.18-21.24a)

 

Este Evangelho, que alguns chamam de “Anunciação a José”, foi escolhido para a liturgia da solenidade de “São José, esposo da Bem-aventurada Virgem Maria”. O título da celebração deixa claro que a honra e a missão de José de Nazaré são inseparáveis da encarnação do Verbo de Deus em Maria, Virgem e Mãe. Se Deus escolheu uma mulher para ser a Mãe do Filho encarnado, sua Providência também quis precisar de um pai para guardar, alimentar e educar seu Filho.

 

Toda missão assusta. A primeira reação pode ser de fuga. Por isso mesmo, o anjo precisa dizer a José: “Não tenhas receio”. Aliás, este mesmo “receio” (para não usar a palavra “medo”) explica a súbita e crescente redução da natalidade no mundo ocidental. Seria medo da vida?

 

Na Carta apostólica “Patris Corde” [8/12/2020] com que o Papa Francisco abriu o Ano de São José, ele citava Paulo VI, associando paternidade e serviço, paternidade e sacrifício. Eis o texto: “São Paulo VI faz notar que a sua paternidade se exprimiu, concretamente, ‘em ter feito da sua vida um serviço, um sacrifício, ao mistério da encarnação e à conjunta missão redentora; em ter usado da autoridade legal que detinha sobre a Sagrada Família para lhe fazer dom total de si mesmo, da sua vida, do seu trabalho; em ter convertido a sua vocação humana ao amor doméstico na oblação sobre-humana de si mesmo, do seu coração e de todas as capacidades no amor colocado ao serviço do Messias nascido na sua casa’”.

 

É claro que nossa fraqueza nos assusta. E o inimigo se vale disso para nos afastar de uma vida de paternidade. Assim como a José, Deus nos lembra que podemos contar com sua graça, não estaremos sozinhos. O Papa acrescenta: “A vontade de Deus, a sua história e o seu projeto passam também através da angústia de José. Assim ele ensina-nos que ter fé em Deus inclui também acreditar que Ele pode intervir inclusive através dos nossos medos, das nossas fragilidades, da nossa fraqueza. E ensina-nos que, no meio das tempestades da vida, não devemos ter medo de deixar a Deus o timão da nossa barca. Por vezes queremos controlar tudo, mas o olhar d’Ele vê sempre mais longe”.

 

O Papa Francisco insiste corajosamente na paternidade enquanto uma missão salvífica:

 

“Vê-se, a partir de todas estas vicissitudes, que ‘José foi chamado por Deus para servir diretamente a Pessoa e a missão de Jesus, mediante o exercício da sua paternidade: desse modo, precisamente, ele coopera no grande mistério da Redenção, quando chega a plenitude dos tempos, e é verdadeiramente ministro da salvação’”.

 

Hoje, chegamos a um ponto em que alguns governos estão pagando aos cidadãos para terem filhos. Perdeu-se o valor da paternidade?

 

Orai sem cessar: “O Senhor abençoou teus filhos em teu seio!” (Sl 147,13)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.