– Louvai o nosso Deus, todos seus servos e todos que o temeis, pequenos e grandes, pois chegou a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, aleluia. (Ap 19,5;12,10)
– Ó Deus, na ressurreição de Cristo, vós nos renovais para a vida eterna; dai ao vosso povo constância na fé e na esperança, para que jamais duvide do cumprimento das promessas que fizestes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
– Leitura dos Atos dos apóstolos – Naqueles dias, 19de Antioquia e Icônio chegaram judeus que convenceram as multidões. Então apedrejaram Paulo e arrastaram-no para fora da cidade, pensando que ele estivesse morto. 20Mas, enquanto os discípulos o rodeavam, Paulo levantou-se e entrou na cidade. No dia seguinte, partiu para Derbe com Barnabé. 21Depois de terem pregado o Evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, Icônio e Antioquia. 22Encorajando os discípulos, eles os exortavam a permanecer firmes na fé, dizendo-lhes: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”. 23Os apóstolos designaram presbíteros para cada Comunidade. Com orações e jejuns, eles os confiavam ao Senhor, em quem haviam acreditado. 24Em seguida, atravessando a Pisídia, chegaram à Panfília. 25Anunciaram a palavra em Perge, e depois desceram para Atália. 26Dali embarcaram para Antioquia, de onde tinham saído, entregues à graça de Deus, para o trabalho que haviam realizado. 27Chegando ali, reuniram a Comunidade. Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos. 28E passaram então algum tempo com os discípulos.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
– Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso.
R: Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso.
– Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!
R: Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso.
– Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.
R: Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso.
– Que a minha boca cante a glória do Senhor e que bendiga todo ser seu nome santo desde agora, para sempre e pelos séculos.
R: Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Era preciso que Cristo sofresse e ressuscitasse dos mortos, para entrar em sua glória, aleluia (Lc 24,46.26).
Aleluia, aleluia, aleluia.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis. 30Já não falarei muito convosco, pois o chefe deste mundo vem. Ele não tem poder sobre mim, 31amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, eu procedo conforme o Pai me ordenou”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Nosso mundo sempre foi palco de violência. Na primeira família, Caim matou Abel. Nossa História é um desfile de agressões e rapinas, destruição e fome. Sempre foi assim. Mas hoje, com a rede de comunicações, temos uma compreensão mais clara dessa realidade e, por isso mesmo, é cada vez mais agudo o nosso anseio pela Paz.
E só Jesus Cristo, “nossa Paz” (Ef 2,14), pode responder ao nosso grito. Por isso mesmo, em cada Eucaristia, nos dirigimos ao Cordeiro de Deus, a divina Vítima do altar, para clamar: “Dai-nos a Paz!”
Na Exortação Apostólica “Reconciliação e Penitência” (1984), o Papa João Paulo II juntava os dados de nosso tempo, como cacos de cerâmica, para recompor o triste mosaico que estamos vivendo: divergências tribais, discriminação de todo tipo, tortura e repressão, corrida armamentista, iníqua distribuição dos bens do planeta, direitos humanos espezinhados, multiplicação da miséria…
“Por mais impressionantes que se apresentem tais lacerações à primeira vista – diz o Papa -, só observando-as em profundidade se consegue individuar a sua raiz: esta se encontra numa ferida íntima do homem. À luz da fé, nós a chamamos ‘pecado’, começando pelo pecado original, que cada um traz consigo desde o nascimento, como uma herança recebida dos primeiros pais, até os pecados que cada um comete, abusando da própria liberdade.” (RP, 2)
Ora, para que Jesus possa semear em nós a semente da paz, devemos começar por uma profunda reconciliação. Reconciliação com Deus, com o próximo, com nós mesmos. Enquanto pecamos – e, por isso mesmo, agredimos a Deus, ao próximo e a nós mesmos – somos cúmplices do ódio e da guerra, atamos as mãos do Deus da Paz.
Quanta violência dentro de nosso coração! Impaciências, asperezas, silêncios e rancores, perdão negado, vinganças tramadas. Quanto impulso de subir mais alto, superar o irmão, usar o outro! Nós somos a guerra! E acusamos a sociedade de violenta, acusamos a Deus de omisso…
Os monges de Tibhirine, na Argélia, foram decapitados por ativistas muçulmanos. Deram sua vida de graça. Viviam no silêncio e na oração em sua montanha. Aceitaram ser vítimas pela paz. E nós? Queremos estar do lado vencedor? Ou aceitamos ser cordeiros com o Cordeiro de Deus?
Orai sem cessar: “Reine a paz dentro de teus muros!” (Sl 122,7)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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