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Liturgia de 24 de fevereiro de 2025

Segunda-feira da VII semana do Tempo Comum
(verde – ofício do dia)

 

Antífona

– Confiei no vosso amor, Senhor. Meu coração, por vosso auxílio, rejubile, e eu vos cante pelo bem que me fizestes! (Sl 12,6).

 

Coleta

– Concedei-nos, Deus todo poderoso, meditar sempre as realidades espirituais e praticar, em palavras e ações o que vos agrada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

 

1ª Leitura: Eclo 1,1-10

– Leitura do livro do Eclesiástico: 1Toda a sabedoria vem do Senhor Deus. Ela esteve e está sempre com Ele. 2Quem pode contar a areia do mar, as gotas de chuva, os dias do tempo? 3Quem poderá medir a altura do céu, a extensão da terra, a profundeza do abismo? 4Antes de todas as coisas foi criada a sabe-doria, a inteligência prudente vem da eternidade. 5Fonte da sabedoria é a palavra de Deus no mais alto dos céus e seus caminhos são os mandamentos eternos. 6A quem foi revelada a raiz da sabedoria? Quem conheceu as capa-cidades do seu engenho? 7A ciência da sabedoria, a quem foi revelada? E quem compreendeu sua grande experiência? 8Só um é o altíssimo, criador onipotente, rei poderoso e a quem muito se deve temer, assentado em seu trono e dominando tudo, Deus. 9Ele é quem a criou no espírito santo: Ele a viu, a enumerou e mediu; 10ele a derramou sobre todas as suas obras e em cada ser humano, segundo a sua bondade. Ele a concede àqueles que o temem.

 

– Palavra do Senhor.

Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 93,1ab.1c.2.5 (R: 1a)

 

– Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor!
R: Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor!


– Deus é rei e se vestiu de majestade, revestiu-se de poder e de esplendor!

R: Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor!


– Vós firmastes o universo inabalável, vós firmastes vosso trono desde a origem, desde sempre, ó Senhor, vós existis!

R: Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor!


– Verdadeiros são os vossos testemunhos, refulge a santidade em vossa casa, pelos séculos dos séculos, Senhor!

R: Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor!

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte, fez brilhar, pelo Evangelho, a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 9,14-29


– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

 

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, 14descendo Jesus do monte com Pedro, Tiago e João e chegando perto dos outros discípulos, viram que estavam rodeados por uma grande multidão. Alguns mestres da Lei estavam discutindo com eles.15Logo que a multidão viu Jesus, ficou surpresa e correu para saudá-lo. 16Jesus perguntou aos discípulos: “Que discutis com eles?” 17Alguém na multidão respondeu: “Mestre, eu trouxe a ti meu filho que tem um espírito mudo. 18Cada vez que o espírito o ataca, joga-o no chão e ele começa a espumar, range os dentes e fica completamente rijo. Eu pedi aos teus discípulos para expulsarem o espírito, mas eles não conseguiram”.19Jesus disse: Ó geração incrédula! Até quando estarei convosco? Até quando terei de suportar-vos? “Trazei aqui o menino”. 20E levaram-no o menino. Quando o espírito viu Jesus, sacudiu violentamente o menino, que caiu no chão e começou a rolar e a espumar pela boca.21Jesus perguntou ao pai: “Desde quando ele está assim?” O pai respondeu: “Desde criança. 22E muitas vezes, o espírito já o lançou no fogo e na água para matá-lo. Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos”.23Jesus disse: “Se podes!… Tudo é possível para quem tem fé”. 24O pai do menino disse em alta voz: “Eu tenho fé, mas ajuda a minha falta de fé”. 25Jesus viu que a multidão acorria para junto dele. Então ordenou ao espírito impuro: “Espírito mudo e surdo, eu te ordeno que saias do menino e nunca mais entres nele”. 26O espírito sacudiu o menino com violência, deu um grito e saiu. O menino ficou como morto, e por isso todos diziam: “Ele morreu!” 27Mas Jesus pegou a mão do menino, levantou-o e o menino ficou de pé.28Depois que Jesus entrou em casa, os discípulos lhe perguntaram a sós: “Por que nós não conseguimos expulsar o espírito?” 29Jesus respondeu: “Essa espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser com oração e jejum”.

 

– Palavra da salvação.

Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada
Com oração e jejum… (Mc 9,14-29)

Mais um contraste nos Evangelhos: montanha versus planície.

Na planície, a multidão agitada, ruidosa e… frágil na fé. Os pobres discípulos de Jesus estão incluídos na multidão que se vê impotente diante do demônio que agita terrivelmente um jovem possesso.

Um parêntese: é claro que eu acredito na existência de demônios (e estou muito bem acompanhado de toda a Tradição eclesial e do testemunho do Papa Paulo VI). Para aqueles racionalistas que insistem em traduzir as possessões do Evangelho como casos de epilepsia (doença desconhecida naquela época – garantem eles), sugiro apenas que digam aos senhores médicos (de hoje) que o remédio para tal enfermidade é… jejum e oração…

Seja como for, do outro lado está a montanha, lugar do encontro com Deus (como atestam Abraão, Moisés e Elias). E da montanha, onde passou a noite inteira em jejum e oração, desce Jesus e encontra cá embaixo a balbúrdia feita de capetas, encapetados e exorcistas que não conhecem seu ofício.

Feito o trabalho, libertado o garoto, o pai feliz da vida, é a hora de os discípulos amuados perguntarem ao Mestre: “Como explicar o nosso fracasso? Por que não pudemos expulsar o demônio?” E Jesus, curto e grosso: “Esta espécie de demônios (ora, ora… então há várias espécies de epilepsia, hein?!) com nada se pode expulsar, a não ser com oração e jejum.” No latim de São Jerônimo: “Hoc genus in nullo potest exire nisi in oratione”.

Algum leitor estará torcendo o nariz: “Jejum e oração?! Que coisa mais arcaica!” Ora, a água vegetomineral dos tempos da vovó pode ser um remédio arcaico, mas faz efeito ainda hoje. E os capetas do tempo de Jesus Cristo são os mesmos de nosso tempo, ainda que mais treinados e especializados.

O velho remédio ainda vale? Responde o mestre da teologia ascética e mística (matérias ignoradas nos seminários de hoje!) Ad. Tanquerey. Segundo ele, para fazer exorcismos (aliás, ministério exclusivo de sacerdotes especialmente autorizados pelo bispo diocesano!) “convém preparar-se para essa temerosa função por meio de uma confissão humilde e sincera, para que o demônio não possa lançar em rosto aos exorcistas as suas faltas; e pelo jejum e oração, visto haver demônios que não cedem senão a estes meios.” (nº 1546, 1.)

Prudência e caldo de galinha, dizia vovó, não fazem mal a ninguém…

 

Orai sem cessar: “Senhor, tu me libertas dos meus inimigos.” (Sl 18,49)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.