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LITURGIA

Liturgia Diária

Liturgia de 25 de maio de 2022 

DOMINGO – VI SEMANA DA PÁSCOA
(Branco, glória, creio, II semana do saltério)

 

Antífona 

– Anunciai com gritos de alegria, proclamai até os extremos da terra: o Senhor libertou o seu povo, aleluia!  (Is 48,20).

 

Coleta 

– Deus todo-poderoso, dai-nos viver com ardor estes dias de júbilo em honra do Senhor ressuscitado, para que sempre manifestemos com nossas obras o mistério que celebramos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

 

 

 

1ª Leitura: At 15,1-2.22-29 

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 1chegaram alguns da Judeia e ensinavam aos irmãos de Antioquia, dizendo: “Vós não podereis salvar-vos, se não fordes circuncidados, como ordena a Lei de Moisés”. 2Isto provocou muita confusão, e houve uma grande discussão de Paulo e Barnabé com eles. Finalmente, decidiram que Paulo, Barnabé e alguns outros fossem a Jerusalém, para tratar dessa questão com os apóstolos e os anciãos. 22Então os apóstolos e os anciãos, de acordo com toda a comunidade de Jerusalém, resolveram escolher alguns da comunidade para mandá-los a Antioquia, com Paulo e Barnabé. Escolheram Judas, chamado Bársabas, e Silas, que eram muito respeitados pelos irmãos. 23Através deles enviaram a seguinte carta: “Nós, os apóstolos e os anciãos, vossos irmãos, saudamos os irmãos vindos do paganismo e que estão em Antioquia e nas regiões da Síria e da Cilícia. 24Ficamos sabendo que alguns dos nossos causaram perturbações com palavras que transtornaram vosso espírito. Eles não foram enviados por nós.
25Então decidimos, de comum acordo, escolher alguns representantes e mandá-los até vós, junto com nossos queridos irmãos Barnabé e Paulo, 26homens que arriscaram suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. 27Por isso, estamos enviando Judas e Silas, que pessoalmente vos transmitirão a mesma mensagem. 28Porque decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo, além destas coisas indispensáveis: 29abster-se de carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, das carnes de animais sufocados e das uniões ilegítimas. Vós fareis bem se evitardes essas coisas. Saudações!”

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

 

 

Salmo Responsorial: Sl 67,2-3.5.6.8 (R: 4)

 

– Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem!
R: Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem!


– Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção, e sua face resplandeça sobre nós! Que na terra se conheça o seu caminho e a sua salvação por entre os povos.

R: Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem!


– Exulte de alegria a terra inteira, pois julgais o universo com justiça; os povos governais com retidão, e guiais, em toda a terra, as nações.

R: Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem!


– Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem! Que o Senhor e nosso Deus nos abençoem, e o respeitem os confins de toda a terra!

R: Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem!

 

 

2ª Leitura: Ap 21,10-14.22-23 

– Leitura do livro do Apocalipse de São João: 10Um anjo me levou em espírito a uma montanha grande e alta. Mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, 11brilhando com a glória de Deus. Seu brilho era como o de uma pedra preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino. 12Estava cercada por uma muralha maciça e alta, com doze portas. Sobre as portas estavam doze anjos, e nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. 13Havia três portas do lado do oriente, três portas do lado norte, três portas do lado sul e três portas do lado do ocidente.
14A muralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. 22Não vi templo na cidade, pois o seu Templo é o próprio Senhor, o Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro. 23A cidade não precisa de sol nem de lua que a iluminem, pois a glória de Deus é a sua luz, e a sua lâmpada é o Cordeiro.


– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Quem me ama realmente guardará minha Palavra, e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 14,23-29

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

 

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

– Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 23“Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama, não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.27Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes o que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isso, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

 

 

 

Liturgia comentada
Fiel à minha palavra… (Jo 14,23-29)

O clima é de despedida: “Estou de partida para o Pai…” Mas esta “separação” não significa abandono, nem solidão: “Nós viremos… nós vamos permanecer…” Estamos, pois, diante de uma nova maneira de “permanecer”: a fidelidade à Palavra de Deus.

 

Por um tempo considerável – quase três anos – os discípulos experimentaram a “presença” de Jesus no meio deles, ouvindo suas palavras e contemplando seus gestos de salvação. Este tempo chega ao fim. Cumprida a sua missão – dar a vida pelos homens – Jesus Cristo volta ao seio da Trindade. É chegada a hora de experimentar, no Espírito Santo, outra forma da “presença” do Verbo-Palavra entre os homens.

 

O monge André Louf, da abadia de Mont-des-Cats, comenta: “Jesus afasta seus temores de serem deixados sozinhos ou órfãos, para tornar possível uma presença de outra ordem. Uma presença que os dominará ainda mais do que o teria feito a amizade de Jesus, corporalmente presente ao lado deles. Uma presença que os invadirá por inteiro, até o mais profundo de seu ser. E presença não só de Jesus, mas do Pai e do Filho juntos, e ainda mais, um investimento assumido pelo Espírito Santo.”.

 

Claro, Jesus está dizendo que aos discípulos não faltará a sua Palavra; uma vez ouvida e acolhida, ela fará coisas admiráveis, pois tem o potencial de lhes devolver na hora o próprio Senhor Jesus, e de maneira ainda mais eficiente do que quando ele palmilhava os trilhos da Galileia. Sem os limites corporais, a Palavra do Mestre estará em toda parte onde for anunciada.

 

André Louf reflete: “A Palavra em nosso coração é doravante a nova permanência de Deus entre os homens, bem perto de nós, no interior de nós, lá onde a Palavra é depositada no mais secreto de nós mesmos; ali onde ela pode ser despertada em nós pelo Espírito Santo. É que a Palavra de Deus, hoje, não são apenas as palavras que Jesus pronunciou outrora, materialmente; são as mesmas palavras, mas do modo como o Espírito Santo as lembra para nós a cada instante”.

 

Cada vez que o discípulo de hoje abre o Livro Sagrado, cada vez que ele folheia as páginas do Evangelho, abre-se uma via de comunicação única, pois a Palavra se faz pessoal, intransferível, dirigida diretamente a um coração humano. Nesse momento, o Espírito de Deus – que sonda os corações – aplica à realidade individual a mensagem de um Pai que se revela aos filhos.

 

Orai sem cessar: “Ouve-me, meu povo, deixa-me falar!” (Sl 50,7)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.