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Liturgia de 27 de fevereiro de 2025

Quinta-feira da VII semana do Tempo Comum
(verde – ofício do dia)

 

Antífona

– Confiei no vosso amor, Senhor. Meu coração, por vosso auxílio, rejubile, e eu vos cante pelo bem que me fizestes! (Sl 12,6).

 

Coleta

– Concedei-nos, Deus todo poderoso, meditar sempre as realidades espirituais e praticar, em palavras e ações o que vos agrada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os Séculos dos séculos.

 

1ª Leitura: Eclo5,1-10

– Leitura do livro do Eclesiástico: 1Não confies nas tuas riquezas e não digas: “Basta-me viver!” 2Não deixes que tua força te leve a seguir as paixões do coração. 3Não digas: “Quem terá poder sobre mim?” ou: “Quem me fará prestar contas das minhas ações?”, pois o Senhor, com certeza, te castigará. 4Não digas: “Pequei, e que de mal me aconteceu?”, pois o Altíssimo é paciente. 5Não percas o temor por causa do perdão, cometendo pecado sobre pecado. 6Não digas: “A misericórdia do Senhor é grande, ele me perdoará a multidão dos meus pecados!”, 7pois dele procedem misericórdia e cólera, e sua ira se abate sobre os pecadores. 8Não demores em voltar para o Senhor, e não adies de um dia para outro, 9pois a sua cólera vem de repente e, no dia do castigo, serás aniquilado. 10Não te apóies em riquezas injustas, pois elas de nada te valerão no dia da desgraça.

 

– Palavra do Senhor.

Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 1,1-2.3.4.6(R: Sl 39,5a)

 

– É feliz quem a Deus se confia!
R: É feliz quem a Deus se confia!


– Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.

R: É feliz quem a Deus se confia!


– Eis que ele é semelhante a uma árvore que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.

R: É feliz quem a Deus se confia!


– Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.

R: É feliz quem a Deus se confia!

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Acolhei a Palavra de Deus não como palavra humana, mas como mensagem de Deus, o que ela é, em verdade! (2Tm 1,10).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 9,41-50.


– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

 

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, 41disse Jesus aos seus discípulos: “Quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. 42E se alguém escandalizar um desses pequeninos que crêem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço.43Se tua mão te leva a pecar, corta-a! 44É melhor entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga.45Se teu pé te leva a pecar, corta-o! 46É melhor entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. 47Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48‘onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga’. 49Pois todos hão de ser salgados pelo fogo. 50Coisa boa é o sal. Mas se o sal se tornar insosso, com que lhe restituireis o tempero? Tende, pois, sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.

 

– Palavra da salvação.

Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada
O fogo inextinguível… (Mc 9,41-50)

Não está na moda falar no inferno. A onda racionalista nega a existência do demônio e, após duas guerras mundiais, duas bombas atômicas e a ameaça de uma conflagração planetária, chega a dizer que “o inferno é aqui mesmo”.

 

Mas não foi isso que Jesus ensinou. Em várias passagens do Evangelho, Jesus fala da possibilidade (terrível!) de se viver uma eternidade afastado de Deus. Imediatamente após a morte, passamos por um julgamento ou juízo particular (cf. Hb 9, 27), onde se define irrevogavelmente o nosso destino. Jesus usou de muitas imagens para transmitir a visão desta realidade espiritual, entre elas a separação entre cordeiros e cabritos, ao final do dia, como os pastores costumavam fazer na Palestina (cf. Mt 25, 31ss.).

 

No Evangelho de hoje, Jesus recorreu à imagem da Geena com seu fogo inextinguível. A Bíblia de Navarra comenta em nota: “Geena ou Ge-hinnom era um pequeno vale ao sul de Jerusalém, fora das muralhas e mais baixo do que a cidade. Durante séculos esse lugar foi utilizado para depositar o lixo da povoação. Habitualmente esse lixo era queimado para evitar o foco de infecção que constituía e a acumulação do mesmo. Era proverbial como lugar imundo e doentio. Nosso Senhor serve-se desse fato conhecido para explicar, de modo gráfico, o fogo inextinguível do inferno.”

 

Esse mesmo vale fora local de cultos idólatras, visto como lugar maldito. Além disso, era comum que o lixo ali acumulado, em clima quente e seco, entrasse em combustão espontânea. Talvez houvesse algum fogo permanente em sua vegetação semelhante à turfa. Imagens, apenas, mas falam aos nossos sentidos humanos sobre uma realidade que ninguém imaginaria com realismo.

 

Claro que o inferno não pode ser um “lugar”, um espaço na topografia, em sentido meramente material. O “Catecismo” o apresenta como um “estado”, uma forma de existir. Eis sua lição – uma lição que devemos levar a sério: “Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo”. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos. […] Morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa estar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de autoexclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra “inferno”. (Nº 1033.)

 

Sem fogueiras, sem tridentes. Mas, acima de tudo, inferno sem amor…

 

Orai sem cessar: “Amo-te com amor eterno.” (Jr 31,3)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.