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LITURGIA

Liturgia Diária

Liturgia de 28 de maio de 2025 

QUARTA FEIRA DA VI SEMANA DA PÁSCOA
(Branco, ofício do dia)

 

Antífona 

– Eu vos louvarei, Senhor, entre os povos e anunciarei vosso nome aos meus irmãos, aleluia (Sl 17,50; 21,23).

 

Coleta 

– Senhor, ao celebrarmos solenemente o mistério da ressurreição do vosso Filho, concedei que mereçamos também alegrar-nos com todos os santos quando ele vier na sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

 

 

 

1ª Leitura: At 17,15.22-18,1 

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 17,15os que conduziram Paulo levaram-no até Atenas. De lá, voltando, transmitiram a Silas e Timóteo a ordem de que fossem ter com ele o mais cedo possível. E partiram. 22De pé, no meio do Areópago, Paulo disse: “Homens atenienses, em tudo eu vejo que vós sois extremamente religiosos. 23Com efeito, passando e observando os vossos lugares de culto, encontrei também um altar com esta inscrição: ‘Ao Deus desconhecido’. Pois bem, esse Deus que vós adorais sem conhecer é exatamente aquele que eu vos anuncio. 24O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo Senhor do céu e da terra, ele não habita em santuários feitos por mãos humanas. 25Também não é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa; pois é ele que dá a todos vida, respiração e tudo o mais. 26De um só homem ele fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, tendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites de sua habitação. 27Assim fez, para que buscassem a Deus e para ver se o descobririam, ainda que às apalpadelas. Ele não está longe de cada um de nós, 28pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como disseram alguns dentre vossos poetas: ‘Somos da raça do próprio Deus’. 29Sendo, portanto, da raça de Deus, não devemos pensar que a divindade seja semelhante a ouro, prata ou pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem. 30Mas Deus, sem levar em conta os tempos da ignorância, agora anuncia aos homens que todos e em todo lugar se arrependam, 31pois ele estabeleceu um dia em que irá julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou, diante de todos, oferecendo uma garantia, ao ressuscitá-lo dos mortos”. 32Quando ouviram falar da ressurreição dos mortos, alguns caçoavam, e outros diziam: “Nós te ouviremos falar disso em outra ocasião”. 33Assim Paulo saiu do meio deles. 34Alguns, porém, uniram-se a ele e abraçaram a fé. Entre eles estava também Dionísio, o areopagita, uma mulher chamada Dâmaris e outros com eles. 18,1Paulo deixou Atenas e foi para Corinto.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

 

 

Salmo Responsorial: Sl 148,1-2.11-12ab.12c-14a.14bcd (R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra)

 

– Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.
R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.


– Louvai o Senhor Deus nos altos céus, louvai-o no excelso firmamento! Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o, louvai-o, legiões celestiais!

R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.


– Reis da terra, povos todos, bendizei-o, e vós, príncipes e todos os juízes; e vós, jovens, e vós, moças e rapazes, anciãos e criancinhas, bendizei-o!

R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.


– Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos, porque somente o seu nome é excelso! A majestade e esplendor de sua glória ultrapassam em grandeza o céu e a terra.

R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.


– Ele exaltou seu povo eleito em poderio; ele é o motivo de louvor para os seus santos. É um hino para os filhos de Israel, este povo que ele ama e lhe pertence.

R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Rogarei a meu Pai e ele há de enviar-vos um outro paráclito, que há de permanecer eternamente convosco (Jo 14,16).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 16,12-15

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

 

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. 13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará.  14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

 

 

 

Liturgia comentada
Ele vos guiará em toda a verdade… (Jo 16,12-15)

Verdade é uma palavra sagrada. Basta dizer que Jesus se define por ela: “Eu sou a verdade” (Jo 14,6). Diante de Pilatos, ele afirmou: “Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz” (Jo 18,37).

 

Em tempos de agudo relativismo, muitos repetem a resposta de Pilatos: “Que é a verdade?” E acrescentam na maior cara de pau: “Cada um tem sua verdade”. Como se esta tese subjetivista não fosse absurda, pois considera como “verdades” proposições que se excluem. Afinal, a “verdade” dos terraplanistas merece o nome de verdade?

 

Neste Evangelho, Jesus promete aos discípulos o Espírito Santo, que os guiará rumo à verdade total. É o comentário de Hans Urs von Balthasar: “Esta totalidade é o mistério íntimo de Deus, sua natureza, que só ele conhece, pois assim como somente o espírito do homem conhece o interior do homem, assim também – e muito mais! – o interior de Deus está oculto a todos, se ele não o revela por si mesmo e não nos faz participar dele (1Cor 2,10-16)”.

 

“Esta abertura de si por parte de Deus – prossegue – é também a “verdade por inteiro”, pois atrás de verdade de Deus ou acima dela não pode existir outra verdade, e toda verdade contida no mundo criado não passa de um reflexo e uma imagem da verdade divina. Mas a verdade interior de Deus é que Deus, enquanto origem e Pai, se comunica desde sempre à sua ‘Palavra’ ou ‘expressão’ ou ‘imagem perfeita’, que é ‘gerada’ nesse dom total. Aí está um ato do amor mais original, ao qual só se pode responder por um amor recíproco igualmente total.”

 

Então, a “verdade” de Deus mais profunda é o seu amor, derramado sobre as criaturas? Não seria a verdade uma questão de conceitos, mas de amor?

 

H. U. von Balthasar acrescenta: “Quanto mais o amor é incondicionado, mais ele é fecundo: um simples ‘Eu-Tu’ eterno se esgotaria em si mesmo, se o encontro não fosse ao mesmo tempo a produção de um fruto que (como o filho testemunha o encontro dos pais) testemunharia o eterno encontro do Pai e do Filho. Os seres finitos, mesmo quando amam e geram no amor, são seres justapostos, mas o ser infinito que é Deus só pode ser único, e nele os sujeitos amantes só podem existir um no outro”.

 

Nem ritos, nem conceitos, nem sacrifícios: a religião é o amor de Deus. O Espírito Santo revela esta verdade…

 

Orai sem cessar: “Deus é amor…” (1Jo 4,16b)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.