– Não existe entre os deuses nenhum que convosco se possa igualar; sois tão grande e fazeis maravilhas: vós somente sois Deus e Senhor! (Sl 85,8. 10).
– Infundi, benigno, Senhor, vossa graça em nossos corações, para que, fugindo sempre dos excessos humanos, possamos, com vosso auxílio, abraçar os vossos preceitos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.
– Leitura da profecia de Oséias: Assim fala o Senhor Deus: 2“Volta, Israel, para o Senhor, teu Deus, porque estavas caído em teu pecado. 3Vós todos, encontrai palavras e voltai para o Senhor; dizei-lhe: ‘Livra-nos de todo o mal e aceita este bem que oferecemos; o fruto de nossos lábios. 4A Assíria não nos salvará; não queremos montar nossos cavalos, não chamaremos mais ‘Deuses nossos’ a produtos de nossas mãos; em ti encontrará o órfão misericórdia”. 5Hei de curar sua perversidade e me será fácil amá-los, deles afastou-se a minha cólera. 6Serei como orvalho para Israel; ele florescerá como o lírio e lançará raízes como plantas do Líbano. 7Seus ramos hão de estender-se; será seu esplendor como o da oliveira, e seu perfume como o do Líbano. 8Voltarão a sentar-se à minha sombra e a cultivar o trigo, e florescerão como a videira, cuja fama se iguala à do vinho do Líbano. 9Que tem ainda Efraim a ver com ídolos? Sou eu que o atendo e que olho por ele. Sou como o cipreste sempre verde: de mim procede o teu fruto. 10Compreenda estas palavras o homem sábio, reflita sobre elas o bom entendedor! São retos os caminhos do Senhor e, por eles, andarão os justos, enquanto os maus ali tropeçam e caem”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
– Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
– Eis que ouço uma voz que não conheço: “Aliviei as tuas costas de seu fardo, cestos pesados eu tirei de tuas mãos”. Na angústia a mim clamaste, e te salvei.
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
– De uma nuvem trovejante te falei, e junto às águas de Meriba te provei. Ouve, meu povo, porque vou te advertir! Israel, ah! se quisesses me escutar.
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
– Em teu meio não exista um deus estranho, nem adores a um deus desconhecido! Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, que da terra do Egito te arranquei.
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
– Quem me dera que meu povo me escutasse! Que Israel andasse sempre em meus caminhos. “Eu lhe daria de comer a flor do trigo, e com o mel que sai da rocha o fartaria”.
R: Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos!
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos!
– Convertei-vos, nos diz o Senhor, está próximo o Reino de Deus! (Mt 4,17)
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 28bum escriba aproximou-se de Jesus e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” 29Jesus respondeu: “O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma , de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes”. 32O mestre da Lei disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”. 34Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
As páginas da Sagrada Escritura estão cheias de exortações, preceitos e mandamentos. Alguns deles são de ordem individual: “Todo homem prudente age com conhecimento de causa.” (Pr 13,16.) Outros, de ordem familiar: “Honra teu pai e tua mãe, para que tenhas vida longa sobre a terra.” (Dt 5,16.) E outros, ainda, de alcance social: “Não entregarás um escravo ao seu senhor, se ele se refugiou junto de ti.” (Dt 23,16.)
Mas essas diversas “leis” não possuem igualmente o mesmo valor. Nós precisamos levar em conta uma correta hierarquia entre os preceitos e os mandamentos. É disto que vem tratar o Evangelho de hoje, quando Jesus aponta como alicerce do Decálogo o “direito” do Deus único a um amor absoluto, sem limitações nem cláusulas condicionantes: “Ama o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças.”
E se este “primeiro” mandamento não é levado em conta, isto é, se Deus não é reconhecido por nós como o único Absoluto, logo estaremos encontrando bons motivos e pretextos aceitáveis para não cumprir os demais, conforme nossos interesses e conveniências. Afinal, se não amo a Deus de modo absoluto, logo estarei amando o dinheiro, o poder, a fama, o prazer, a mesa farta ou a minha coleção de figurinhas premiadas. E estarei pronto a ferir alguém por causa de meus “amores” …
Daí, a conclusão óbvia: qualquer tentativa de viver uma ética puramente humana, baseada apenas no bem comum ou em uma espécie de aérea e esgarçada fraternidade universal, mas deixando de lado qualquer referência ao Criador, estará antecipadamente fadada ao fracasso. A Bíblia ensina que nosso comportamento moral é inseparável de nossa relação com Deus.
Na Encíclica “O Esplendor da Verdade”, sobre a doutrina moral da Igreja, o Papa João Paulo II já escrevia: “Os primeiros cristãos, provindos quer do povo judaico quer dos gentios, distinguiam-se dos pagãos não somente pela sua fé e pela liturgia, mas também pelo testemunho da própria conduta moral, inspirada na Nova Lei”. (VS, 26)
Isto devia ser tão claro, que sequer gerasse polêmica: se não temos um Pai comum, nós não somos irmãos. Se não somos irmãos, por que motivo iríamos abrir mão da ganância, do lucro, dos golpes que nos enriquecem e prejudicam a outros? Se não somos irmãos, por que motivo sairíamos de nossa indiferença e nos sacrificaríamos em benefício de outros? A fraternidade na horizontal humana só tem sentido se vivemos a filiação na vertical divina. Não há irmãos sem um Pai comum…
Um belo projeto de vida: viver como irmãos!
Orai sem cessar: “Quanto eu amo a tua Lei, Senhor!” (Sl 119,97)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
Receba novos artigos, vídeos e cursos no seu e-mail.
Comunidade Cotólica Nova Aliança. Copyright © 2025
Todos os Direitos Reservados.