A comunhão separa-nos do pecado (CIC § 1393)

O Corpo de Cristo que recebemos na comunhão é “entregue por nós”, e o Sangue que bebemos é “derramado por muitos para remissão dos pecados”. Por isso a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem purificar-nos ao mesmo tempo dos pecados cometidos e sem preservar-nos dos pecados futuros:

“Toda vez que o recebermos, anunciamos a morte do Senhor [Cf. 1Cor 11,26] ”. Se anunciamos a morte do Senhor, anunciamos a remissão dos pecados. Se, toda vez que o seu Sangue é derramado, o é para a remissão dos pecados, devo recebê-lo sempre, para que perdoe sempre os meus pecados. Eu que sempre peco, devo ter sempre um remédio [Sto. Ambrósio, Sacr. 4,28: PL 16,446A] .

Na Comunhão, Jesus comunica-se mais intimamente a uma alma conforme o grau da sua pureza. "Bem-aventurados os puros, pois eles verão a Deus" (Mt 5,8). Então, não basta fugir do pecado mortal, é preciso mais, pois mesmo os pecados veniais podem ser obstáculos para Jesus operar em uma alma com poder. Jesus se compraz numa alma que busca a pureza, e a Comunhão entre eles é grande.

Note que Jesus não vem a nós segundo o grau das nossas virtudes ou boas obras, mas em função de nossa pureza; isto é muito bom para nós que nem sempre somos capazes de grandes feitos. Então, é importante investir na pureza da alma.

A veste nupcial daquela parábola das Bodas do Evangelho explica isto. Os que estavam sem as vestes nupciais, sinal da pureza, foram colocados para fora.

Quanto mais a alma conseguir se desapegar das afeições da terra, tanto mais poderá gozar, já na terra, dessa felicidade celeste que nada pode destruir.

O homem que Comunga tem poder; não o poder terrestre, mas o poder de se libertar da pior das cadeias que é a do pecado, domina-se a si mesmo e vence as paixões.

Lutar contra os pecados, sem a Eucaristia, é lutar sem armas.