A Igreja sabe que, desde agora, o Senhor vem em sua Eucaristia, e que ali Ele está, no meio de nós. Contudo, esta presença é velada. Por isso, celebramos a Eucaristia “expectantes beatam spem et adventum Salvatoris nostri Jesu Christi - aguardando a bem-aventurada esperança e a vinda de nosso Salvador Jesus Cristo [Embolismo do Pai-Nosso; cf. Tt 2,13] ”, pedindo “saciar-nos eternamente da vossa glória, quando enxugardes toda lágrima dos nossos olhos. Então, contemplando-vos como sois, seremos para sempre semelhantes a vós e cantaremos sem cessar os vossos louvores, por Cristo, Senhor nosso [MR, oração eucarística III, 116: oração pelos defuntos] ”.
Quando o Catecismo aqui nos diz que "A Igreja sabe que, desde agora, o Senhor vem em sua Eucaristia, e que ali Ele está, no meio de nós" (CIC 1404), podemos dizer também que a Eucaristia é parusia, ou seja, a presença real de Cristo sob as espécies eucarísticas, presença sacramental. Na Eucaristia já acontece a vinda de Jesus, porém, não é a Sua segunda e definitiva vinda.
Antigamente usava-se o termo “parusia” para se descrever a visita de um rei ou imperador. Por isso, a Eucaristia é a vinda do nosso Rei para entrar na vida dos Seus servos. Cristo nos visita na Eucaristia. Foi o melhor e mais simples meio de todos terem acesso a Deus. A parusia é a presença no Senhor Glorioso, Real e Verdadeiro.
Sabemos que haverá a parusia no final dos tempos, mas também sabemos que ela acontece em cada Santa Missa celebrada. Foi o próprio Jesus que estabeleceu a Eucaristia como um acontecimento escatológico, parusia, a vinda do Rei e do seu Reino, sendo que isso acontece em cada Celebração Eucarística.
Com isso podemos afirmar que “A Parusia é o mais alto grau de intensificação e de satisfação da liturgia. E a liturgia é parusia. Cada Eucaristia é Parusia, vinda do Senhor; e, ainda, a Eucaristia é, inclusive, o mais verdadeiro desejo ardente de que Ele, por fim, revelaria a Sua Glória escondida” (Cardeal Joseph Ratzinger – Bento XVI).
"A Igreja, que é o Reino, o Reino onde o Rei reina na Eucaristia. Ela clama todos os dias: Vinde, Senhor Jesus, pois estamos comprometidos com a liturgia da vinda de Jesus, com Sua presença real, a Sua parusia.
A Eucaristia consiste em duas realidades: a terrena e a celeste. Por isso, enquanto esperamos a vinda gloriosa de Jesus no fim dos tempos, vamos recebê-Lo com ardor a vinda d’Ele em cada Eucaristia para nos preparar para Sua vinda definitiva." (Pe. Reinaldo – fonte: http://blog.cancaonova.com/padrereinaldo).