O Senhor, depois de instituir a Santíssima Eucaristia (CIC § 1403)

Quando da última Ceia, o Senhor mesmo dirigia o olhar de seus discípulos para a realização da Páscoa no Reino de Deus: “Desde agora não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que convosco beberei o vinho novo no Reino de meu Pai” (Mt 26,29 [Cf. Lc 22,18; Mc 14,25] ). Toda vez que a Igreja celebra a Eucaristia lembra-se desta promessa, e seu olhar se volta para “aquele que vem” (Ap 1,4). Em sua oração, suspira por sua vinda: “Maran athá” (1 Cor 16,22), “Vem, Senhor Jesus” (Ap 22,20), “Venha vossa graça e passe este mundo [Didaché 10,6] !”

"O Senhor, depois de instituir a Santíssima Eucaristia, prolonga aquela ùltima Ceia em uma comovente conversa com os Seus discípulos, a quem de novo fala de Sua morte. Jesus alivia a tristeza da Sua despedida prometendo aos Apóstolos que chegará um dia em que Ele voltará a reunir-Se com eles, quando o Reino de Deus tiver chegado à sua plenitude, diz Jesus: “Desde agora não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que convosco beberei o vinho novo no Reino de meu Pai” (Mt 26,29 [Cf. Lc 22,18; Mc 14,25] ). Com isso refere-se à vida beatífica nos céus, tantas vezes comparada a um banquete. Então não haverá necessidade do alimento e bebida normais desta terra, mas de algo diferente. Por isso alude o Senhor a um vinho novo. Em última análise, depois da Ressurreição, os Apóstolos e todos os santos poderão ter a graça de estar com Jesus. A Eucaristia é uma antecipação aqui na terra da posse de Deus na bem-aventurança eterna, em que Deus será tudo em todos." (Cf. a Bíblia de Navarra, Santos Evangelhos, pág. 629).

"A denominação de Deus como 'aquele que vem' (Ap 1,4), põe em relevo que Deus é o Senhor da história, do presente, do passado e do futuro e que em todos os tempos Ele está a atuar para salvar." (Cf. a Bíblia de Navarra, Apocalipse, pág. 839).

A Igreja em sua oração suspira pela vinda de Jesus, 'Maran athá'. "Nela se confessa Jesus Cristo como Senhor e soberano que reina desde o céu e que virá no fim dos tempos com a Sua majestade e glória.

Uma das aclamações que proclamamos depois da consagração, é a fórmula: 'Anunciamos a Vossa morte, proclamamos a Vossa ressurreição. Vinde Senhor Jesus!' É uma fórmula de bênção que traz consigo a confissão de fé de que o Senhor está presente entre nós cristãos; e a solicitação de que tal presença seja fecunda e eficaz." (Cf. a Bíblia de Navarra, Primeira Coríntios, pág. 950 e 951). 

"Que a invocação apaixonada da Igreja : 'Vem, Senhor Jesus' (Ap 22,20), se converta no suspiro espontâneo de nosso coração, jamais satisfeito com o presente, porque tende sempre para o 'ainda não' do cumprimento prometido." (Cf. a Bíblia de Navarra, Apocalipse, pág. 1009).