Em uma oração, a Igreja aclama o mistério da Eucaristia: “O sacrum convivium in quo Christus sumitur. Recolitur memoria passionis eius; mens impletur gratia etffiturae gloriae nobis pignus datur - Ó sagrado banquete, em que de Cristo nos alimentamos. Celebra-se a memória de sua Paixão, o espírito é repleto de graças e se nos dá o penhor da glória [In Sollemnitate ss.mi corporis et sanguinis Christi, Antiphona ad "Magnificat" in II Vesperis Liturgia Horarum, v. 3. Tipografia Poliglota Vaticana, 1973, p. 502] ”. Se a Eucaristia é o memorial da Páscoa do Senhor, se por nossa comunhão ao altar somos repletos “de todas as graças e bênçãos do céu [MR, Cânon Romano: Supplices te rogamus.] ”, a Eucaristia também é a antecipação da glória celeste.
"A eucaristia é penhor (= garantia) da imortalidade gloriosa para a alma e penhor da ressurreição gloriosa para os corpos, pois, Jesus disse: 'Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia' (Jo 6,55). Ao comungarmos, comungamos não só a paixão como a ressurreição: o corpo que recebemos no sacramento da Eucaristia é um corpo ressuscitado. O pão que comemos é o pão da ressurreição.
A eucaristia é, portanto, fonte de imortalidade, de vida nova, de ressurreição. Cada dia, através da comunhão, vem a nós o Ressuscitado, vivo, glorioso. Ele em nós vai nos ressuscitando, sendo origem da glória futura. O próprio Deus invadindo o nosso ser, vai sendo em nós semente da ressurreição.
Eis uma das mais belas esperanças que o cristianismo veio trazer ao mundo. Cristo ressuscitado como primícias, nos ressuscitará também." (Mons. Teixeira Penido).
Na morte e ressurreição de Cristo está a fonte da nossa vida e da nossa ressurreição. Aqui tem o seu fundamento a garantia indestrutível a expectativa da vida eterna em Deus.
A Eucaristia transforma, santifica e nos prepara, entre as sombras deste mundo que passa, para a alegria indestrutível da vida eterna.