A palavra ordem, na Antiguidade romana, designava corpos constituídos no sentido civil, sobretudo o corpo dos que governavam. “Ordinatio” (ordenação) designa a integração num “ordo” (ordem). Na Igreja, há corpos constituídos que a Tradição, não sem fundamento na Sagrada Escritura [Cf. Hb 5,6; 7,11; Sl 110,4] , chama, desde os tempos primitivos, de “taxeis” (em grego; pronuncie “tacseis”), de “ordines” (em latim). Por exemplo, a liturgia fala do “ordo episcoporum” (ordem dos bispos), do “ordo presbyterorum” ordem dos presbíteros), do “ordo diaconorum” (ordem dos diáconos). Outros grupos recebem também este nome de “ordo”: os catecúmenos, as virgens, os esposos, as viúvas etc.
O Catecismo aqui nos ensina que: [A palavra ordem vem do Latim ordo, ordinis e significa "fileira, alinhamento, ordem, arranjo, disposição, classe social".] "A palavra 'ordem' era usada pelos antigos romanos para designar determinadas categorias sociais, como as dos senadores e cavaleiros. Fora de Roma, nas colônias, a palavra 'ordem' designava o conjunto daqueles a quem era confiado o governo local; distinguiam-se da população governada. [Mas ] o vocábulo foi transferido para a linguagem cristã, designando os ministros que tinham a função de apascentar o povo de Deus. [Depois], a palavra 'ordem' passou a designar os diversos graus existentes dentro do próprio clero. [Segundo o aspecto religioso, ordem é o sacramento que outorga o poder de desempenhar funções eclesiásticas], daí falar-se de 'ordem dos diáconos, ordem dos presbíteros, ordem dos bispos'. Ainda no decorrer do tempo, especialmente na Idade Média, ordem perdeu o seu significado coletivo, para designar o próprio sacramento que institui os ministros do Novo Testamento, ministros distribuídos por três graus.
De modo semelhante, os vocábulos 'ordenação' e 'ordenar', que antigamente designavam a nomeação de funcionários, passaram a indicar, na literatura cristã, o rito que constitui alguém participante do sacerdócio de Cristo dentro da hierarquia da Igreja." (Escola Mater Ecclesiae, Curso sobre os sacramentos por correspondência, pág. 186, Dom Estévão Bettencourt).