A integração em um desses corpos da Igreja era feita por um rito chamado ordinatio, ato religioso e litúrgico que consistia numa consagração, numa bênção ou num sacramento. Hoje a palavra “ordinatio” é reservada ao ato sacramental que integra na ordem dos bispos, presbíteros e diáconos e que transcende uma simples eleição, designação, delegação ou instituição pela comunidade, pois confere um dom do Espírito Santo que permite exercer um “poder sagrado” (“sacra potestas [Cf. LG 10] ”) que só pode vir do próprio Cristo, por meio de sua Igreja. A ordenação também é chamada “consecratio” por ser um pôr à parte, uma investidura, pelo próprio Cristo, para sua Igreja. A imposição das mãos do bispo, com a oração consecratória, constitui o sinal visível desta consagração.
Que grande confiança Jesus Cristo e os fiéis põem nos bispos, sacerdotes e diáconos! Que grande responsabilidade pesa sobre eles: tão humano e tão frágil! Conforta-nos a advertência de S. Paulo: “Nós trazemos em vasos de barro o tesouro do nosso ministério, para que se conheça que um poder tão sublime vem de Deus e não de nós”.
Por isso mesmo, o dom do sacramento da Ordem requer uma grandeza daqueles que o recebem: a grandeza da humildade e da fidelidade no ministério, a partir da intimidade com Cristo que lhes dá a mão, que os sustém e guia, e a partir da fraternidade com os bispos, padres, diáconos e fiéis leigos que os oferecem o apoio humano para viverem com coragem e alegria o seu ministério.
Que Nossa Senhora, Rainha da Amazônia, vele pelos seus filhos com amorosa ternura, acompanhe o caminho de seus ministérios, os defenda de todo o mal, e também os guarde na paz e os confirme na alegria da doação episcopal, sacerdotal e diaconal a Cristo e aos irmãos.
Que Deus, olhe com bondade para todos eles e multiplique os dispensadores de Seus mistérios, e faça-os perseverar no Seu amor. Amém!