A tarefa do sacerdócio ministerial não é apenas representar Cristo-Cabeça da Igreja - diante da assembléia dos fiéis; ele age também em nome de toda a Igreja quando apresenta a Deus a oração da Igreja [cf. SC 33] e sobretudo quando oferece o sacrifício eucarístico [Cf. LG 10] .
A Igreja diz que o sacerdote, em virtude do Sacramento da Ordem, é chamado a ser sinal de Cristo-Cabeça.
Ser representação de Cristo chefe, pastor e sacerdote significa ser sinal do Cristo-Cabeça no meio da comunidade. A Igreja, não é necessariamente um grupo sem chefe ou cabeça. Cristo é a cabeça da Igreja, ou seja, aquele que faz com que o Corpo, realize o seu crescimento para a sua própria edificação no amor. Cabe afirmar aqui que o sacerdote não é nem poderá ser jamais a Cabeça.
Somente Cristo é a Cabeça. Portanto o sacerdote é chamado a um ministério presidencial, que é representação de Cristo-Cabeça e sacerdote e que lhe confere uma graça particular para harmonizar os diversos carismas do povo de Deus, de modo que este se realize como povo sacerdotal (cf. 1Pd 2,9-10).
Para entender o que significa agir na pessoa de Cristo-Cabeça, por parte do sacerdote, e para compreender inclusive quais consequências derivam da tarefa de representar o Senhor, antes de tudo é preciso esclarecer o que se entende por "representação". O sacerdote representa Cristo. Na Igreja Cristo nunca está ausente, a Igreja é o seu corpo vivo e a Cabeça da Igreja é Ele, presente e em ação nela.
Portanto, o sacerdote que age na pessoa de Cristo-Cabeça e em representação do Senhor, nunca age em nome de um ausente, mas na própria Pessoa de Cristo Ressuscitado, que se torna presente com a sua ação realmente eficaz. Age de fato e realiza o que o sacerdote não poderia fazer: a consagração do vinho e do pão para que sejam realmente presença do Senhor, a absolvição dos pecados. O Senhor torna presente a sua própria ação na pessoa que realiza tais gestos.