II. A obra de Cristo na liturgia (CIC § 1084)

Veremos agora qual é a obra de Cristo na liturgia.

CRISTO GLORIFICADO...

“Sentado à direita do Pai” e derramando o Espírito Santo em seu Corpo que é a Igreja, Cristo age agora pelos sacramentos, instituídos por Ele para comunicar sua graça. Os sacramentos são sinais sensíveis (palavras e ações), acessíveis à nossa humanidade atual. Realizam eficazmente a graça que significam em virtude da ação de Cristo e pelo poder do Espírito Santo.

O Catecismo diz que Cristo age pelos sacramentos que "é um sinal sensível, instituído por Ele, para nos comunicar a Sua graça". Desta definição resulta que três coisas são exigidas para constituir um sacramento:

a) É um "sinal sensível", representativo da natureza da graça produzida. Deve ser "sensível" porque se não pudéssemos percebê-lo, deixaria de ser um sinal. Este sinal sensível consta sempre de "matéria" e de "forma", isto é, da matéria empregada e das palavras pronunciadas pelo ministro do sacramento.

b) Foi "instituído por Jesus Cristo", porque só Deus pode ligar um sinal visível a faculdade de produzir a graça. Nosso Senhor, durante a sua vida mortal, instituiu pessoalmente os sete sacramentos, deixando apenas à Igreja o cuidado de estabelecer ritos secundários, realçá-los com cerimônias, sem tocar-lhe na substância.

c) "Para comunicar a graça". Isto é, distribuir-nos os efeitos e méritos da redenção que Jesus Cristo mereceu por nós, na cruz. Os sacramentos comunicam esta graça, "por virtude própria", independente das disposições daquele que os administra ou recebe. Esta qualidade, chamada pela teologia "ex opere operato", distingue os sacramentos da "oração", das "boas obras" e dos "sacramentais", que tiram a sua eficácia "ex opere operantis" das disposições do sujeito.

Os sacramentos são sinais de graças. A graça, que é "um dom sobrenatural de Deus", por causa dos méritos de Jesus Cristo, como meio de salvação, é tudo na religião Católica, é sua seiva, o seu sopro, a sua alavanca.

Querendo ou não, todos os homens devem viver da graça ou se perderão eternamente. Ou escolhem a vida de Cristo que é a graça, ou a vida da carne que é o vício; a salvação ou a perdição.

Diácono Antonio Carlos
Comunidade Católica Nova Aliança