III. O Espírito Santo e a Igreja na liturgia (CIC § 1091)

Vamos aprender agora como age na liturgia o Espírito Santo em relação à Igreja.

O Catecismo explica que:

Na liturgia, o Espírito Santo é o pedagogo da fé do povo de Deus, o artífice das “obras-primas de Deus”, que são os sacramentos da nova aliança. O desejo e a obra do Espírito no coração da Igreja é que vivamos da vida de Cristo ressuscitado. Quando encontra em nós a resposta de fé que ele mesmo suscitou, realiza-se uma verdadeira cooperação. Por meio dela a liturgia se torna a obra comum do Espírito Santo e da Igreja.

Nesta comunicação sacramental do mistério de Cristo, o Espírito age da mesma forma que nos outros tempos da economia da salvação: o Espírito Santo nos prepara para acolher o Cristo, recorda e atualiza o Mistério do Cristo, nos coloca em comunhão com Cristo para formar o seu corpo.

Uma palavra que assume a relação entre o Espírito Santo e a liturgia é "sinergia", ou seja, cooperação que existe entre a nossa resposta de fé e a ação do Espírito Santo.

Graças ao Espírito Santo, podemos afirmar que toda celebração litúrgica é nova, única e frutífera.

Na celebração litúrgica, todo fiel que participa da assembléia se torna o que recebe e o que é anunciado, celebrado. De fato, o mistério, proclamado e professado para a vida do cristão, transforma-se em ação de graças (eucaristia).

A assembléia deve se preparar para se encontrar com seu Senhor, deve ser "um povo bem-disposto". Essa preparação dos corações é obra comum do Espírito Santo e da assembléia, em particular de seus ministros. A graça do Espírito Santo procura despertar a fé, a conversão do coração e a adesão à vontade do Pai. Essas disposições constituem pressupostos para receber as outras graças oferecidas na própria celebração e para os frutos de vida nova que ela está destinada a produzir posteriormente.

Diácono Antonio Carlos
Comunidade Católica Nova Aliança