As palavras e as ações de Jesus durante sua vida oculta e durante seu ministério público já eram salvíficas. Antecipavam o poder de seu mistério pascal. Anunciavam e preparavam o que iria dar à Igreja quando tudo fosse realizado. Os mistérios da vida de Cristo são os fundamentos daquilo que agora, por meio dos ministros de sua Igreja, Cristo dispensa nos sacramentos, pois “aquilo que era visível em nosso Salvador passou para seus mistérios" [S. Leão Magno, Serm. 74,2: PL 54,398A.].
As palavras e as ações de Jesus durante a sua vida oculta em Nazaré e no seu ministério público eram salvíficas e antecipavam a força do seu mistério pascal.
Como ensina o Catecismo, todas as ações da vida de Cristo (gestos, palavras, olhares, encontros, curas, milagres, amizades, críticas...) tinham e têm valor infinito por causa da Pessoa Divina que as exercia e exerce. Converteram-se assim em fonte de santidade. Diz São Tomás de Aquino: "Tudo o que Jesus fez e padeceu atua como instrumento da Divindade para a salvação do homem" (S. Theol. II, qu. 48, art. 6).
Essa ação salvífica se prolongou mas também se prolonga no tempo e no espaço mediante os sinais sacramentais de Sua Igreja. Estes são ministrados por Cristo Deus e Homem ou por Cristo Sacerdote, conforme o seguinte esquema:
Jesus Cristo → Ações divino-humanas de sua vida mortal → Sinais sacramentais → Graça santificante → Cristão.
Como sabemos, "começa-se a ser cristão pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva". É por isso que “ a fonte de nossa fé e da liturgia eucarística são o mesmo acontecimento: a doação que Cristo fez de si mesmo no Mistério Pascal”.
Diácono Antonio Carlos
Comunidade Católica Nova Aliança