O mistério pascal nos sacramentos da Igreja (CIC § 1116)

Os sacramentos são “forças que saem” do corpo de Cristo [Cf. Lc 5,17; 6,19; 8,46] , sempre vivo e vivificante; são ações do Espírito Santo operante no corpo de Cristo, que é a Igreja; são “as obras-primas de Deus” na Nova e Eterna Aliança.

Jesus Cristo não é apenas um Mestre; Ele é muito mais do que isso. Sim, Ele se definiu como sendo a Videira..., a Verdadeira Videira, da qual nós somos os ramos (Jo 15, 1.5). Isto quer dizer que nossa união com Cristo não é meramente afetiva ou admirativa; é união de seiva, comunhão de vida: "Quem permanece em mim, e eu nele, dará muito fruto" (Jo 15,5).

Ora os canais que nos fazem comungar com Cristo, são os sacramentos. Existe o Grande Sacramento da Igreja (também dita "Corpo de Cristo" em Cl 1,24) e, dentro deste Grande Sacramento, os sete filetes-sacramentos que acompanham e perpassam toda a vida humana desde o nascer até o fim da caminhada terrestre. Em consequência o cristão vive imerso na ordem sacramental. Somos peixinhos, que nascem na água e só podem viver permanecendo na água. Tudo na vida do cristão adquire um valor novo não por razões meramente psicológicas (entusiastas ou eufóricas), mas porque é penetrado pela ação de Cristo, que dizia: "Sem mim nada podeis fazer" (Jo 15,5). O contato do cristão com Cristo não é meramente psicológico ou afetivo. É, sim, um contato ontológico: a vida de Cristo toca a do cristão mediante os sacramentos. Estes são os canais comunicadores da graça divina. São os canais pelos quais a graça e a vida divina chegam as nossas almas e têm valor pelo sacrifício de Jesus.

Diácono Antonio Carlos
Comunidade Católica Nova Aliança