A anáfora. Com a Oração Eucarística, oração de ação de graças e de consagração (CIC § 1352)

Chegamos ao coração e ao ápice da celebração. No prefácio, a Igreja rende graças ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo, por todas as suas obras, pela criação, a redenção, a santificação. Toda a comunidade junta-se então a este louvor incessante que a Igreja celeste, os anjos e todos os santos cantam ao Deus três vezes santo.

A " 'Oração Eucarística' é o conjunto de textos, que vão do Prefácio até o Pai Nosso. É também dita 'Anáfora' (elevação dos corações) e Cânon (= regra, norma, parte estritamente obrigatória, em grego). Começa com um diálogo ('O Senhor esteja convosco... Corações ao alto!... Demos graça ao Senhor nosso Deus!'). Segue-se o prefácio ou um hino de ação de graças motivado pelo tema do dia ou da festa, que termina com o Santo.

A diversidade das fórmulas dos prefácios, levou à constituição de um corpo de Prefácios, que no Missal aparecem reunidos antes das Orações Eucarísticas. Atualmente contam-se 95 prefácios. Essa oração é concluída com o Santo.

O Santo tem sua origem em Is 6,1-3 onde se lê que os Serafins cantam: "Santo, Santo, Santo é o Senhor dos exércitos. Toda a terra esta cheia da sua glória." Esta oração une a Liturgia terrestre com a celeste: a assembléia reunida se vê na presença da Majestade Divina e entoa o hino angélico a glória de Deus três vezes Santo. Ao canto dos Serafins se acrescentam as exclamações do povo de Israel a receber Jesus no Domingo de Ramos: “Bendito o que vem em nome do Senhor...” (Mt 21,10; Mc 11,9s; Lc 19,38)." (Cf. Escola Mater Ecclesiae, Curso de Liturgia por Correspondência, pág. 90 e 91, Dom Estévão Bettencourt).