Visto que estava para deixar os seus em sua forma visível, Cristo quis dar-nos Sua presença sacramental; já que ia oferecer-se na cruz para nos salvar, queria que tivéssemos o memorial do amor com o qual nos amou “até o fim” (Jo 13,1), até o dom de Sua vida. Com efeito, em Sua presença eucarística Ele permanece misteriosamente no meio de nós como Aquele que nos amou e que se entregou por nós [Cf. Gl 2,20] , e o faz sob os sinais que exprimem e comunicam este amor:
A Igreja e o mundo precisam muito do culto eucarístico. Jesus nos espera neste sacramento do amor. Não regateemos o tempo para ir encontrá-Lo na adoração, na contemplação cheia de fé e aberta a reparar as faltas graves e os delitos do mundo. Que a nossa adoração nunca cesse [João Paulo II, carta Dominicae cenae, 3] !
"Se Jesus se mostrasse visível, o veríamos exteriormente, e o amaríamos com os sentidos, mas não com o amor da fé e do sacrifício. Faz isso para o nosso bem; Ele prefere se apresentar não aos nossos olhos, mas à nossa alma. E aqui, quanto mais o amarmos e obedecermos, mais o 'veremos'.
Às almas de oração Jesus revela a sua Pessoa, e torna-se Ele mesmo o objeto de sua meditação. É por isso que a meditação diante do Sacrário se torna mais fácil. Ele está conosco.
Não vemos os dons e as graças que Jesus nos dá na Eucaristia; e isto também tem uma razão. Se víssemos os seus dons nos apegaríamos às suas dádivas e nos esqueceríamos do Doador. Ele quer que busquemos o Senhor dos dons, mais do que os dons do Senhor." (Cf. o livro: O Segredo da Sagrada Eucaristia, Prof. Felipe Aquino, pág. 12).