São Paulo exorta a um exame de consciência: “Todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será réu do Corpo e do Sangue do Senhor. Por conseguinte que cada um examine a si mesmo antes de comer desse pão e beber desse cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação” (1 Cor 11,27-29). Quem está consciente de um pecado grave deve receber o sacramento da reconciliação antes de receber a comunhão.
Na Primeira carta de São Paulo aos coríntios citada aqui no Catecismo (1Cor 11,27-29), vemos que "essa passagem atesta a celebração da Eucaristia na Igreja antiga, dando claro testemunho da fé na real presença do Senhor: 'Todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente será réu do Corpo e do Sangue do Senhor." E acrescento o que diz o versículo 30: 'É por isto que há entre vós muitos débeis e enfermos, e muitos já morreram'.
Neste texto o Apóstolo deduz consequências gravíssimas da profanação do pão e do vinho eucarísticos; a razão de tais penas é o fato de que se torna profanador do Corpo mesmo e do Sangue do Senhor quem viola o sacramento. A malícia de tal pecado e a condenação à morte tanto temporal como eterna, de que fala São Paulo, não se entenderiam se a Eucaristia fosse um mero símbolo do Corpo e do Sangue de Cristo." (Cf. Curso sobre os sacramentos por correspondência, Escola Matter Ecclesiae, Dom Estévão Bettencourt, pág. 93).
"'Por conseguinte, que cada um examine a si mesmo...' (1Cor 11,27s). Na verdade, a Eucaristia só pode ser recebida por quem tenha a consciência [de estar] livre de pecado grave; ninguém deve comungar sem ter a graça santificante no coração, dizendo: 'Depois eu me confessarei'." (Cf. Curso sobre Liturgia por correspondência, Escola Matter Ecclesiae, Dom Estévão Bettencourt, pág. 95).
A Santa Comunhão deve ser recebida em "estado de graça". Por isso, se tivermos cometido um pecado grave (mortal), ainda que já estivermos arrependidos e sintamos um grande desejo de comungar, é necessário e indispensável que nos confessemos com o sacerdote antes de comungar. Não basta o desejo ardente de receber o Senhor para habilitar o cristão à receber a Eucaristia.
Para refletir:
Amigo(a) ouvinte, não deixe de receber a comunhão em cada Santa Missa! Mas para isso, lembre-se do que nos ensina aqui a Igreja, através de São Paulo que nos diz: "Que cada um se examine a si mesmo" e só se aproxime quem estiver reconciliado com Deus e os irmãos.
A prece do 'Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo' que repetimos três vezes, momentos antes de comungarmos, ajuda-nos uma vez mais a cair na conta da necessidade de perdão, de purificação. E finalmente, como último grito, última prece, última e mais solene tomada de consciência o sacerdote afirma: 'eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo'.