O Senhor nos convida insistentemente a recebê-lo no sacramento da Eucaristia: “Em verdade, em verdade, vos digo: se não comerdes a Carne do Filho do homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós” (Jo 6,53).
No discurso sobre a Eucaristia, na sinagoga de Carfanaum, Jesus deixou claro quando disse: Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a Carne do Filho do Homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós" (Jo 6,53).
"Não se trata de alimento em sentido metafórico o que disse Jesus, mas 'a Sua carne é, em verdade, uma comida, e o Seu sangue é, em verdade, uma bebida' " (cf. Jo 6,55); (Papa João Paulo II, EE, 16).
Se não temos a vida de Jesus sem a Eucaristia, muito menos poderemos ter a santidade, pois esta é exatamente a consequência da participação na vida divina.
Assim como o corpo não pode ter vida sem comida e sem bebida, da mesma forma a alma não tem a vida eterna sem a Eucaristia, sem o Corpo ressuscitado de Jesus.
Pela Eucaristia Jesus toma posse de nós; torna-nos propriedade Sua; devemos, então, entregar-lhe totalmente a nossa vida, sejamos casados ou celibatários, leigos ou clérigos. Assim acontecerá em nós uma nova Encarnação do Verbo que continuará a dar glória ao Pai como quando Ele vivia entre nós.
Vivendo em nós pela Eucaristia Jesus nos enche com os Seus desejos, Seus pensamentos, palavras, atos, etc. Ele torna-se em nós uma personalidade divina. Nosso Senhor faz Suas as nossas obras e os nossos atos, de modo que eles se tornam divinos, imprimindo-lhes um mérito de valor também divino. Assim nossas obras humanas, sem valor, tornam-se revestidas dos méritos de Cristo. E quanto maior for a nossa união com Ele, tanto mais valor terão nossas obras e tanto maior será a glória que se reverterá para nós.
Pense bem! "Se apenas o contato com a santa carne de Jesus restituia a vida à matéria já deteriorada, quão grande proveito não haveríamos de tirar da Eucaristia vivificante, quando a recebemos, visto que não é possível que Aquele que é Vida não faça viver aqueles aos quais ela se infunde." (S. Cirilo de Alexandria (370-444).
Sabemos que a penitência apaga em nós o pecado, mas a tendência ao pecado continua em nós; a Eucaristia contrabalança essa inclinação ao mal e impede que o demônio se apodere de nossa alma.
Jesus disse claro: "Se não comerdes a Carne do Filho do Homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós " (Jo 6,53).
Na Eucaristia recobramos a vida divina que o pecado original nos roubou. O combate de cada dia rouba-nos as forças espirituais. Sem a Comunhão podemos deixar a vida de oração, pois ela sem a Eucaristia, pode tornar-se cansativa.