Liturgia de 14 de junho de 2023

QUARTA FEIRA- DA X SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde - ofício do dia)

 

Antífona da entrada

- O Senhor é minha luz e minha salvação, a quem poderia eu temer? O Senhor é o baluarte de minha vida, perante quem tremerei? Meus opressores e inimigos são eles que vacilam e sucumbem (Sl 26,1)

 

Oração do dia

- Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 2Cor 3,4-11

- Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios - Irmãos, 4é por Cristo que temos tal confiança perante Deus, 5não porque sejamos capazes por nós mesmos de ter algum pensamento, como de nós mesmos, mas essa nossa capacidade vem de Deus. 6Ele é que nos tornou capazes de exercer o ministério de uma aliança nova. Esta não é uma aliança da letra, mas do Espírito. Pois a letra mata, mas o Espírito comunica a vida. 7Se o ministério da morte, gravado em pedras com letras, foi cercado de tanta glória, que os israelitas não podiam fitar o rosto de Moisés, por causa do seu fulgor, ainda que passageiro, 8quanto mais glorioso não será o ministério do Espírito? 9Pois, se o ministério, da condenação foi glorioso, muito mais glorioso há de ser o ministério ao serviço da justificação. 10Realmente em comparação com uma glória, tão eminente, já não se pode chamar glória o que então tinha sido glorioso. 11Pois se o que era passageiro foi marcado de glória, muito mais glorioso será o que permanece.

 

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial Sl 99,5-9 (R: 9c)

- Santo é o senhor nosso Deus!

R: Santo é o senhor nosso Deus!

 

- Exaltai o Senhor nosso Deus, e prostrai-vos perante seus pés,  pois é santo o Senhor nosso Deus!
R: Santo é o senhor nosso Deus!


- Eis Moisés e Aarão entre os seus sacerdotes. E também Samuel invocava seu nome, e ele mesmo, o Senhor, os ouvia.
R: Santo é o senhor nosso Deus!


- Da coluna de nuvem falava com eles. E guardavam a lei e os preceitos divinos, que o Senhor nosso Deus tinha dado.

 R: Santo é o senhor nosso Deus!


- Respondíeis a eles, Senhor nosso Deus, porque éreis um Deus paciente com eles, mas sabíeis punir seu pecado.
R: Santo é o senhor nosso Deus!


- Exaltai o Senhor nosso Deus, e prostrai-vos perante seu monte, pois é santo o Senhor nosso Deus!
R: Santo é o senhor nosso Deus!

 

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Fazei-me conhecer vossa estrada, vossa verdade me oriente e me conduza!

(Sl 24,4).

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus: Mt 5,17-19


- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

- Glória a vós, Senhor!

 

- Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento.18Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. l9Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.

 

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

 

 

Liturgia comentada

Não vim abolir a Lei... (Mt 5,17-19)

Os primeiros pregadores da História da Igreja viram a necessidade de demonstrar que a novidade cristã não abolia os mandamentos do Sinai nem desprezava a rica contribuição das tradições de Israel. Um desses comentaristas foi S. Ireneu de Lião [+202]. Eis o seu ensinamento:

“Os preceitos naturais da Lei, isto é, aqueles pelos quais o homem se torna justo e que, mesmo antes do dom da Lei, observavam os homens que eram justificados por sua fé e assim agradavam a Deus, o Senhor não aboliu esses preceitos, mas os amplificou e levou à perfeição. ‘Se vossa justiça – disse Ele mesmo – não ultrapassar aquela dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus’. (Mt 5,20)

Imposta a escravos, a Lei educava a alma a partir do exterior e do corporal, conduzindo-a, como por uma corrente, até a submissão aos mandamentos, a fim de que o homem aprendesse a se ajustar com Deus. Mas o Verbo liberou a alma e ensina a purificar o corpo pelo interior, a partir da vontade e do coração.

Era preciso, desde então, que fossem suprimidas as cadeias da servidão graças às quais o homem pudera formar-se, e doravante ele seguisse a Deus sem correntes; mas também era necessário que fossem amplificados os preceitos da liberdade e fosse acrescida a submissão ao Rei, para que ninguém, voltando atrás, se mostrasse indigno de seu Libertador.

É por isso que o Senhor nos deu, como palavra de ordem, em lugar de não cometer o adultério, nem mesmo cobiçar; em lugar de não matar, nem mesmo nos pôr em cólera; em lugar de amar somente nossos próximos, amar também os inimigos; não somente ser generoso e pronto a repartir, mas ainda doar graciosamente nossos bens àqueles que no-los tomam: ‘A quem toma a tua túnica – diz Ele – dá também o teu manto’. (Mt 5,40).

Assim, em todas as coisas, tu te tornarás útil a teu próximo, sem considerar a maldade dele, mas levando ao cúmulo a tua bondade, e te tornarás semelhante ao Pai ‘que faz o sol erguer-se sobre os maus e os bons, e chover sobre os justos e os injustos’ (Mt 5,45).”

Esta era a pregação dos apóstolos, não muito preocupados em contestar as estruturas sociais de seu tempo, mas dedicados a orientar para Deus o coração dos homens. A que se apega o meu coração?

 

Orai sem cessar: “A tua Lei, Senhor, é todo o meu prazer.” (Sl 119,174)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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