Liturgia de 22 de junho de 2023

QUINTA FEIRA – XI SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde - Ofício da III semana)

 

Antífona da entrada

- Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador!  (Sl 26,7.9)

 

Oração do dia 

- Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao meu apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 2Cor 11,1-11

- Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos, 1oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez, da minha parte. Na verdade, vós me suportais. 2Sinto por vós um amor ciumento semelhante ao amor que Deus vos tem. Fui eu que vos desposei a um único esposo, apresentando-vos a Cris­to como virgem pura. 3Porém, receio que, como Eva foi enganada pela esperteza da serpente, também vossos pensamentos se corrompam, afastando-se da simplicidade e purezas devidas a Cristo: 4De fato, se aparece alguém pregando outro Jesus, que nós não pregamos, ou prometendo um outro Espírito, que não recebestes, ou anunciando um outro evangelho, que não acolhestes, vós o suportais de bom grado. 5No entanto, entendo que em nada sou inferior a esses “superapósto­los”! 6Mesmo que eu seja inábil na arte de falar, não o sou quanto à ciência: eu vo-lo tenho demonstrado em tudo e de todas as maneiras. 7Acaso cometi algum pecado, pelo fato de vos ter anunciado o evangelho de Deus gratuitamente, humilhando-me a mim mesmo para vos exaltar? 8Para vos servir, despojei outras Igrejas, delas recebendo o meu sustento. 9E quando, estando entre vós, tive alguma necessidade, não fui pesado a ninguém, pois os irmãos vindos da Macedônia supriram as minhas necessidades. Em todas as circunstâncias, cuidei – e cuidarei ainda – de não ser pesado a vós. 10Tão certo como a verdade de Cristo está em mim, essa minha glória não me será arrebatada nas regiões da Acaia. 11E por quê? Será porque eu não vos amo? Deus o sabe!

 

- Palavra do Senhor.

- Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 111,1-2.3-4.7-8 (R: 7a)

 

- Vossas obras; ó Senhor, são verdade e são justiça.
R: Vossas obras; ó Senhor, são verdade e são justiça.


- Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!

R: Vossas obras; ó Senhor, são verdade e são justiça.


- Que beleza e esplendor são os seus feitos! Sua justiça permanece eternamente! O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas.

R: Vossas obras; ó Senhor, são verdade e são justiça.


- Suas obras são verdade e são justiça, seus preceitos, todos eles, são estáveis, confirmados para sempre e pelos séculos, realizados na verdade e retidão.

R: Vossas obras; ó Senhor, são verdade e são justiça.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

- Recebestes um Espírito de adoção, no qual clamamos Aba! Pai! (Rm 8,15) 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 6,7-15

 

- O Senhor esteja convosco.

- Ele está no meio de nós.

 

- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

- Glória a vós, Senhor!   

 

- Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. 8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.

 

- Palavra da salvação.

- Glória a vós, Senhor!

  

 

Liturgia comentada

Eis como deveis rezar... (Mt 6,7-15)

Desde os primeiros tempos da Igreja, uma das catequeses indispensáveis sempre foi a explicação da Oração do Senhor, que chamamos de Pai-Nosso. Vamos meditar o comentário de S. Cipriano de Cartago (+258), bispo e mártir:

 

“Os preceitos evangélicos não são outra coisa, senão os ensinamentos de Deus, alicerces onde se edifica a esperança, bases firmes da fé, alimento para reaquecer o coração, guias para mostrar o caminho, socorro para obter a salvação. Eles instruem sobre a terra o espírito dócil dos fiéis para conduzi-los ao Reino dos céus.

 

Numerosas são as palavras que Deus quis fazer-nos ouvir pelos profetas, mas quão maiores são aquelas pronunciadas pelo Filho, aquelas que o Verbo de Deus, que habitava os profetas, atesta com sua própria voz! Ele já não pede que preparem o caminho para aquele que vem, mas ele vem em pessoamostrar-nos e abrir-nos a estrada para que nós, outrora cegos e imprevidentes, errantes nas trevas da morte, e agora esclarecidos pela luz da graça, possamos caminhar no caminho da vida, sob a condução e a direção do Senhor.

 

Entre outros avisos salutares e preceitos divinos destinados à salvação de seu povo, o Senhor deu a forma de oração e nos comprometeu a rezar como ele ensinava. Aquele que deu a vida também ensinou a rezar, com a mesma benevolência pela qual nos deu todo o resto. Assim, quando nós falamos ao Pai com a oração que seu Filho nos ensinou, somos ouvidos mais facilmente.

 

Jesus tinha anunciado que viria a hora em que os verdadeiros adoradores adorariam o Pai em espírito e verdade (cf. Jo 4,23), e ele cumpriu o prometido, de modo que, tendo recebido o Espírito e a verdade por sua ação santificante, nós adorássemos em espírito e verdade pela tradição de seu ensinamento. De fato, pode haver oração mais espiritual do que esta que nos foi legada por Cristo, que nos enviou seu Espírito? Existe um modo mais verdadeiro de rezar ao Pai que este que saiu da boca do Filho que é Verdade?

 

Rezemos, pois, irmãos bem-amados, como Deus nosso Senhor nos ensinou. Afetuosa e familiar é a oração em que imploramos a Deus com as palavras de Deus, e atingimos seus ouvidos pela oração de Cristo. Quando rezamos, que o Pai reconheça as palavras de seu Filho. E esteja também em nossos lábios aquele que habita em nossos corações!”

 

Orai sem cessar: “Tu és meu Pai, meu Deus!” (Sl 89,27)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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