Um dom particular do Espírito Santo. O principal dom deste sacramento é uma graça de reconforto, de paz e de coragem para vencer as dificuldades próprias do estado de enfermidade grave ou da fragilidade da velhice. Esta graça é um dom do Espírito Santo que renova a confiança e a fé em Deus e fortalece contra as tentações do maligno, tentação de desânimo e de angústia diante da morte [cf. Hb 2,15] . Esta assistência do Senhor pela força de seu Espírito quer levar o enfermo à cura da alma, mas também à do corpo, se for esta a vontade de Deus [cf. Conc. de Florença: DS 1325] . Além disso, “se ele cometeu pecados, eles lhe serão perdoados” (Tg 5,15 [cf. Conc. de Trento: DS 1717] ).
Reflexão: "Os efeitos do rito são três: salvar, sempre com o sentido de benefício para o homem inteiro; erguer, no sentido físico e moral; perdoar os pecados, quando necessário.
[Cristo está perto do doente, ajuda-o para ele não perder a confiança e se desesperar. A presença de Cristo leva o doente a aceitar a dor com paciência e coragem.]
Pode-se afirmar que o sacramento da UE tem como efeito principal preparar a alma para a entrada imediata na glória, sem mesmo conhecer o purgatório. É o sacramento da consumação de toda a vida cristã.
A UE, unindo os sofrimentos dos fiéis aos do Redentor, purifica-os em vista da redenção completa do homem também no seu corpo e prepara-os para o encontro beatificante com Deus Uno e Trino.
O costume de adiar a UE para os últimos instantes da vida acabou cercando este sacramento de um ambiente fúnebre, que por vezes se assemelha a cerimônia de velório. Vem a ser o último adeus, com a presença obrigatória do ministro do culto, que é deixado a sós com o agonizante a fim de o preparar para a grande viagem, enquanto, fora do quarto, aguarda o grupo de familiares acabrunhados e de olhos vermelhos.
Ora os fiéis católicos hão de se convencer de que a UE é o sacramento da salvação e, por isto, é motivo de esperança apta a dissipar abatimento e desespero. O novo Ritual menciona o ambiente de celebração do sacramento [favorecendo uma plena participação dos assistentes, prevendo sobretudo cânticos oportunos, que favoreçam a união dos fiéis, animem a oração comum e manifestem a alegria pascal que deve ressoar nesse rito (nº 85)]. Como se vê, 'alegria pascal', ou seja, aquela alegria que jorra da consciência de que, para o cristão, a morte não é morte, mas é passagem para a ressurreição e a plenitude da vida." (Citação livre da Escola Mater Ecclesiae, Curso por correspondência sobre os sacramentos, pág. 172, 176 e 179, Dom Estévão Bettencourt).
O sacramento tem o sentido de reconfortar o doente.
Para refletir: Amigo ouvinte o sacramento da unção dos enfermos traz para o doente grande paz e confiança em Deus, não privemos nossos entes queridos e as pessoas que estão sob nossa responsabilidade desse conforto e dessa graça.
A vida do cristão é um combate, como diz São Paulo: "Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé, resta-me agora receber a coroa de justiça que o Senhor, justo juiz, nos dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos os que aguardam com amor a sua Aparição”. (2Tm 4,7s).
Por isso nosso Senhor Jesus Cristo vem em nosso auxilio na hora derradeira com as graças próprias do sacramento da unção.