A celebração do mistério cristão (§1068) - Introdução 3

É este mistério de Cristo que a Igreja anuncia e celebra em sua liturgia, a fim de que os fiéis vivam e dêem testemunho dEle no mundo:

Com efeito, a liturgia, pela qual, principalmente no divino sacrifício da Eucaristia, “se exerce a obra de nossa redenção”, contribui do modo mais excelente para que os fiéis, em sua vida, exprimam e manifestem aos outros o mistério de Cristo e a genuína natureza da verdadeira Igreja [SC 2] .

O Concílio Vaticano II, ensina que a celebração eucarística está no centro do processo de crescimento da Igreja, explicando como é que cresce o reino de Cristo no mundo: "Cada vez que o sacrifício da cruz com que Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado" (1Cor 5, 7), é celebrado no altar, realiza-se a obra da nossa redenção.

Desde o início da Missa, somos convidados a participar dos "sagrados mistérios", e para nos tornarmos menos indignos somos exortados a reconhecer as próprias culpas. Conclui o sacerdote que preside a Missa: "Deus onipotente e misericordioso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna". Eis a preparação mais adequada para a celebração eucarística prestes a se iniciar e, também, seu dom antecipado "porque todas as vezes que celebramos este sacrifício, cumpre-se a obra de nossa redenção".

Em todas as missas, são aplicadas a todos nós os frutos da oblação de Cristo: a remissão dos pecados e o dom da vida eterna iniciada já neste mundo com a vida da graça.

É, a glorificação de Deus, o fim primário da Santa Missa e se realizará do modo mais perfeito quando, após a consagração, pudermos oferecer ao Pai a Eucaristia.

Para refletir:

“A Liturgia não é nunca apenas uma reunião de um grupo que organiza uma festa e, na verdade, se festeja a si mesmo quando isso é possível. Em vez disso, pela participação em Cristo que se apresenta diante do Pai, nós nos mantemos na comunhão universal de toda a Igreja, e também na comunhão de todos os santos. Sim, de certo modo é a própria "liturgia celeste". Sua grandeza, é que ela abre o céu, e nos entra no coração dos adoradores de Deus. Eis porque o prefácio termina sempre por essas palavras: nós cantamos com o coro dos serafins e dos querubins. Nós sabemos que não estamos sós, que nós somos unânimes, que a fronteira entre o céu e a terra é verdadeiramente aberta” (Cardeal Ratzinger).

“O que há de mais importante hoje, é o respeito pela liturgia, e o fato de que não se pode manipulá-la. É preciso reaprender a considerá-la como um organismo vivo e oferecido, pelo qual nós participamos da liturgia celeste. Não se trata de buscar nela nossa própria realização, e sim o dom que nos advém” (Cardeal Ratzinger).

Diácono Antonio Carlos
Comunidade Católica Nova Aliança