A celebração do mistério cristão (§1073) Oração e liturgia

A liturgia é também participação da oração de Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo. Nela, toda oração cristã encontra sua fonte e seu termo. Pela liturgia, o homem interior é enraizado e fundado [Cf. Ef 3,16-17] no “grande amor com, o qual o Pai nos amou” (Ef 2,4) em seu Filho bem-amado. É a mesma “maravilha de Deus” que é vivida e interiorizada por toda oração, “em todo tempo, no Espírito” (Ef 6,18).

Toda Santa Missa é oferecida ao Pai por Jesus Cristo, no Amor do Espírito Santo para glorificar a Trindade Santíssima e para a nossa santificação, nossa bem-aventurança. Há estrita vinculação: se vivermos no amor de Deus, glorificando-O, somos felizes, gozamos da verdadeira Paz que só Cristo Jesus pode dar e ninguém no-la pode arrebatar (Jo 14,27; 16,23).

O fortalecimento do homem interior por meio da ação do Espírito Santo implica o enraizamento da fé, da caridade e da esperança (cf. Ef 3,16-17).

A misericórdia de Deus é a maior manifestação do Seu amor, pois reflete a gratuidade absoluta do amor divino projetado ao homem pecador, e que, em vez de castigar, perdoa e dá a vida (cf. Ef 2,4).

Entre os diversos meios sobrenaturais para lutar contra os ataques do inimigo, destaca-se a oração. A oração é, sem dúvida, a arma poderosíssima pela qual o Senhor nos dá a vitória contra todas as paixões malvadas e tentações infernais; mas esta oração deve fazer-se com espirito, isto é, não só verbalmente ou com palavras, mas de coração. Deve, além disso, ser contínua e em todas as circunstâncias da vida, porque assim como as batalhas são contínuas, assim há de ser também a oração (cf. Ef 6,18).

Diácono Antonio Carlos
Comunidade Católica Nova Aliança